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ProjetoMemória
Ano XI Número 35 março/2014 8
Prédio da Entomologia
“Uma biblioteca significa cultura”
necessária tanto quanto a música”
Cloris Alessi é a mais velha dos cinco fi-lhos de uma costureira e de um alfaiate. Nas-ceu em Piracicaba, em 18 de junho de 1933. “Morei em tantas casas, porque minha mãe sempre queria trocar de casas, ela adorava mudar de bairro”. Estudou na Escola Barão do Rio Branco. Cloris ainda era criança quando seu pai levou a família para a capital do Esta-do. “Ele era um alfaiate muito reconhecido na cidade, mas fomos para São Paulo onde havia mais trabalho. Moramos quatro anos, também em vários bairros. Moramos na Água Rasa e no Brás, mas minha mãe considerou que não dava para criar cinco filhos em São Paulo e voltamos para Piracicaba”.
Em Piracicaba, trabalhou na Tesouraria e na Secretaria do Colégio Piracicabano e, as-sim que terminou os estudos, foi para São Paulo, quando um tio contou de uma vaga na Faculdade de Economia e Administração (FEA). “Eu queria mesmo era estudar, mas não poderia ir para São Paulo sem trabalhar”. Assim, ingressou na USP como funcionária da Biblioteca da FEA, na Seção de Publica-ções”. Em São Paulo, uma grande amiga lhe visitou logo na primeira semana de trabalho na FEA. “Trazia uns livros nas mãos e me orientou, como fazem os amigos de verdade, a tentar o vestibular na Escola de Sociologia e Política, na área de Biblioteconomia. Acei-tei a sugestão e agradeci os livros, mesmo sem saber que curso seria aquele, pois meu desejo era ser jornalista. Obrigada, Cordélia de Souza Barros Leitão, pela sua iniciativa nos saudosos anos de 1959. Você sabe que deu certo!”.
Entre 1961 e 62 cursou Biblioteconomia. “Em 1961, o curso de Biblioteconomia pas-sou de nível médio a nível superior, porque as dezenove alunas e um aluno, das quais eu fa-zia parte, aceitamos continuar mais um ano”. No final da década de 1960, voltou a Piracicaba por conta da saúde da mãe. “Meu diretor em São Paulo me liberou por três anos e então vim para a ESALQ, quando o diretor era o Eurípedes Malavolta. Encontrei a biblio-teca com excelente acervo, mas que necessita-va de maior número de profissionais, iguais as
que já estavam ali. Na direção estava a biblio-tecária Dina Maria Bueno Moretti e, com ela, as bibliotecárias Odette Simão,Maria Elisabeth Ferreira de Carvalho e Sonia Corrêa da Ro-cha”. O tempo foi passando e as bibliotecárias antigas foram se aposentando e outras che-gando. “O elenco continuava muito bom! Mas o prédio, não. As chuvas fortes inundavam o subsolo da Biblioteca e prejudicavam os li-vros e revistas. Entrava água no andar de bai-xo, o prédio era lindo, mas precisávamos cres-cer. Fomos obrigados a sair de lá”. Na época emque a Biblioteca ainda estava localizada no prédio hoje ocupado pelo Serviço de Cultura e Extensão Universitária (SVCEx), ainda não se discutiam leis antitabagismo. No entanto, Cloris defendeu a proibição da entrada de fu-mantes nas dependências da Biblioteca. “Era perigoso, eumorria demedo que pegasse fogo, então colocamos avisos nas mesas e todomun-do acatou commuita tranquilidade. Funcioná-rios, alunos, enfim, ficavam na rampa de aces-so ao prédio quando queriam fumar”. Na Biblioteca da ESALQ, trabalhou na Seção de Publicações e foi a responsável pela indexação de revistas. “Quando cheguei ha-via uma mesa muito grande, com pilhas enor-mes de revistas para registrar e dar entrada no arquivo. Era uma equipe muito reduzida, não tinha gente para dar conta de tudo aquilo. Naquela época, as revistas nacionais não ti-nham indexação mas, como eu fazia isso em São Paulo, acabei fazendo por aqui também. No entanto, estranhei muito a mudança de área, da Economia para a Agronomia”. Cloris lembra que, na gestão do professor Joaquim José de Camargo Engler, a Bibliote-ca deu um grande salto. “Um prédio novo foi construído, mas houve um tempo, enquanto esperávamos o prédio novo, no qual a Biblio-teca foi colocada no primeiro andar do Edifí-cio Central”.
Outra lembrança de Cloris remete ao ano de 1984. “A reitoria aprovou uma nova estru-tura das bibliotecas da USP. A então chefe da Biblioteca, Maria Elisabeth Ferreira de Carva-lho, a pedido do diretor da ESALQ, professor Joaquim José de Camargo Engler, passou a
responsabilidade às bibliotecárias Sonia Corrêa da Rocha, Maria Angela de Toledo Leme e a mim para que elaborássemos um projeto de novo organograma para ser apresentado ao diretor e encaminhado à USP”. O projeto foi aprovado pela USP e assim foi ampliado o quadro de bibliotecárias e de funcionários. Com a remodelação, Cloris Alessi foi a pri-meira diretora da Biblioteca da ESALQ. Mesmo aposentada há vinte e seis anos, dedica seu conhecimento na área em prol de um novo projeto. “Eu sou metodista e, a pedi-do do professor Almir de Souza Maia, tenho auxiliado na criação de uma biblioteca para as crianças da igreja.Assim, limpamos o acervo, ordenamos por assunto e está lá para as crian-ças. Uma biblioteca significa cultura. Para as crianças, a biblioteca é necessária tanto quanto a música”. Com a ESALQ, também mantém uma relação cultural. “Canto no Coral ‘Luiz de Queiroz’, no grupo da noite. Gosto muito des-se e de outros corais”. Por isso também é coralista no Coral “Reverendo James William Koger”, da Igreja Metodista.
Construído em 1973, o Prédio da Entomologia tem área construída de 901,85m² e área útil de 833,70 m². Abriga instalações administrativas, acadêmicas e de pesquisa do Departamento de Entomologia e Acarologia (LEA). Comporta as secretarias do LEA e do Programa de Pós-graduação em Entomologia, 2 salas de aula (prática e teórica), salas de docentes, o Laboratório de Resistência de Plantas a Insetos e Plantas Inseticidas e o Anfiteatro do LEA, com capacidade para 114 pessoas. Nesse prédio, ficam ainda o sauveiro e uma edificação anexa onde está instalado o Museu do Departamento.
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