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O fator tempo de exposição também é levantado pelo autor. “Ele determina a intensidade dos efeitos negativos nos animais em jejum, sendo que a duração da viagem pode ultrapassar 36 horas”. Outros fatores importantes também podem contribuir para a desuniformidade do lote e perdas antes do alojamento. De acordo com Vieira, a distância, vibração da carga, qualidade das estradas, tempo de viagem, tipos de caixas e de carrocerias climatizadas também interferem no processo.

A pesquisa concluiu que, mesmo em situação de conforto, recomenda-se que o transporte de pintos de um dia não ultrapasse 3 horas, visando o elevado bem estar, conforto térmico e sobrevivência destes animais até a chegada à granja. “É muito importante a escolha de granjas que sejam relativamente próximas ao incubatório, obedecendo obviamente uma distância mínima relacionada a aspectos de biosseguridade”, explica.

Além disso, a condição térmica deve ser observada rigorosamente nos baús climatizados utilizados no transporte de pintos, para evitar o estresse, tanto por frio quanto por calor excessivo, durante o transporte e alojamento nas granjas. “A faixa ideal de temperatura no interior do caminhão entre 29 e 34,6°C e umidade relativa em torno de 60%, considerando que existe um gradiente de temperatura entre o ambiente interno das caixas e o ambiente do baú climatizado entre 0,7 e 1,6°C para esta faixa térmica” , explica o pesquisador. Apesar do frio ser a maior preocupação nesta fase, o estresse por calor de pintos de um dia também merece atenção no setor, para evitar perdas.

Termotolerância

A necessidade de se padronizar a temperatura durante o transporte dos animais advém da baixa termotolerância dos pintos, termo que denomina a resistência do indivíduo às condições hipertérmicas. Segundo Frederico Márcio Corrêa Vieira, sabe-se que as aves jovens possuem maior tolerância às altas temperaturas do que às baixas. “esse fato está relacionado com a imaturidade da termorregulação corporal. A ave possui maior necessidade de manter sua temperatura corporal elevada”. O pesquisador afirma que o aumento da temperatura ambiente corresponde ao aumento da temperatura superficial das aves. “Este fato é consequência de que a capacidade de perda de calor sensível pelas aves jovens ser reduzida com o aumento da temperatura, resultando em aumento da temperatura cloacal e utilização de mecanismos de perda de calor latente”, conclui.

Mais Informações:

Ana Carolina Miotto imprensa@esalq.usp.br

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