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« Previous Page Table of Contents Next Page »"Antioxidante é basicamente a vitamina E e não há nenhuma evidência de que é eficaz para esse fim. Ao contrário, o uso abusivo é comprovadamente maléfico ao organismo. Nos Estados Unidos, um quarto da população faz uso de vitamina E. Porém, megadoses – acima de 400 unidades por dia – são comprometedoras. É claro que pessoas que se alimentam mal são mais propensas a males na velhice. Porém, muitas preferem tomar vitaminas do que, por exemplo, fazer exercícios físicos, o que não é correto. No entanto, não posso falar nem sim nem não sobre essa pesquisa específica da USP, porque não a conheço."
Humberto Correa, do Laboratório de Neurociência da Medicina e chefe do Departamento de Psiquiatria da UFMG, considera que são muito iniciais os trabalhos desenvolvidos pelas pesquisadoras para chegar a "um pressuposto positivo". Ele diz que assim como a romã, muitos outros alimentos têm boas quantidades de antioxidante. "No estágio em que a pesquisa está, ainda em teste com animais, é muito preliminar. Pode ser que para o público leigo a notícia tenha peso, mas no aspecto do interesse científico ela ainda caminha", explica.
Saiba mais - Mal de Alzheimer
Estima-se que depois dos 65 anos, entre 1% e 6% da população sofram de Alzheimer. Após os 85 anos, estima-se que de 10% a 30% (variável, segundo as fontes) das pessoas são afetadas pelo mal de Alzheimer. Mais precisamente, avalia-se que a doença atinja cerca de 5% da população acima de 60, uma prevalência que dobra a cada cinco anos e chega a 25% das pessoas com mais de 90. O Alzheimer é degenerativo, mais comum após os 65 anos e caracteriza-se pela perda progressiva de células neurais. Há um acúmulo anômalo de algumas proteínas no tecido cerebral que provoca a morte dos neurônios.
Três perguntas para...
Jocelem Mastrodi Salgado – Maressa Caldeira
Como vocês chegaram à romã especificamente?
Estudos desenvolvidos pela equipe (da professora Jocelem) e publicados em revistas internacionais mostraram que a romã é uma fonte de compostos bioativos, aqueles que, além de nutrir, podem prevenir ou reduzir o risco de doenças. Os estudos indicaram que a fruta se destacava como potencial fonte de antioxidantes, principalmente em sua casca. Com isso, decidiu-se testar sua atividade no mal de Alzheimer.
Em que fase está o extrato da casca em pó?
A fase mais importante já concluída foi mostrar cientificamente que existe um componente na casca da romã que consegue manter o nível normal do neurotransmissor acetilcolina, o qual, na doença de Alzheimer, se apresenta em um nível reduzido no cérebro. A acetilcolina é responsável pela manutenção das atividades cerebrais relacionadas a atenção, aprendizagem e memória. Transformamos a casca em um pó (micropartículas). Elas foram adicionadas a sucos de frutas e teve uma boa aceitabilidade por pessoas que participaram de um teste de análise sensorial.
Como se sentem trabalhando com um tema, o mal de Alzheimer, que é de interesse mundial? O principal papel da universidade é encontrar soluções para os problemas enfrentados pela sociedade e passar esses dados de maneira clara, científica e orientada à comunidade. É bastante animador conseguir esses resultados satisfatórios comprovados por testes bioquímicos e sentir que devemos continuar trabalhando com essa pesquisa inovadora. E utilizando esses resíduos (a casca) estamos de alguma forma protegendo o meio ambiente.
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