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« Previous Page Table of Contents Next Page »Por meio de um estudo realizado no âmbito de um Projeto Temático apoiado pela FAPESP, o grupo de Ballester analisou as transferências de nitrogênio e a biodiversidade de peixes de duas bacias interligadas em Rondônia, com 800 metros de extensão e as mesmas condições físicas. Uma das bacias, no entanto, era margeada por áreas de pastagem de gado e a outra possuía mata ciliar.
Os pesquisadores observaram que o rio que teve sua cobertura vegetal modificada apresentava apenas uma espécie de peixe, enquanto o curso da água cuja mata ciliar foi mantida possuía 35 espécies.
“Quando se retira a vegetação da borda de um rio, entram mais luz e materiais no corpo d’água que fazem com que a água tenha menos oxigênio e modifique as condições locais. Isso afeta a diversidade biológica do ecossistema”, explicou Ballester.
Outra questão observada em estudos no Mato Grosso é que a mata ciliar nas áreas em que se produz soja com certificação socioambiental do produto para exportação é muito diferente das matas ciliares encontradas na mesma região onde o cultivo não avançou. “Não é o mesmo tipo de vegetação”, disse Ballester.
Além disso, de acordo com a pesquisadora, a soja necessita de 32% mais fósforo do que outras culturas e, a exemplo da cana-de-açúcar, retira muita água do solo.
“A grande preocupação mundial com a expansão dos cultivos de soja, de cana-de-açúcar e de milho para produzir agroenergia é saber se as áreas de produção de alimentos serão substituídas por áreas para produção de energia, mas pouco se tem olhado para a questão da água”, disse Ballester.
“A maior parte das áreas de produção de agroenergia não tem água suficiente para manter as culturas com elevada produtividade e será necessário irrigá-las. Isso representa outro problema sério que irá mudar o ciclo da água”, destacou.
Por Elton Alisson
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