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A listagem das espécies de aves registradas para o campus foi elaborada a partir da reunião de dados coletados por cinco ornitólogos – Eduardo Roberto Alexandrino, Alex Augusto A. Bovo, Daniela Tomasio Apolinario da Luz, Júlio César da Costa e Gustavo Sigrist Betini, em campanhas realizadas no ano de 1996 e entre os anos de 2002 a 2011. Durante esse período foram feitas observações de aves com o objetivo de responder diferentes perguntas e constituir bases de dados para elaboração de estudos acadêmicos. “De 2010 a 2011, decidimos analisar tudo o que havia sido catalogado até então. Reunimos todas as cadernetinhas de campo que os cinco integrantes haviam feito e conseguimos elaborar uma metodologia de coleta de dados mantendo apenas o que consideramos estar dentro do campus. Excluímos registros duvidosos, comprovamos outros e elaboramos uma lista que reuniu 192 espécies”, explicou Alexandrino.

O Levantamento

O pioneiro nos levantamentos de campo foi Gustavo Sigrist Betini quando, em 1996, passou alguns meses observando as aves que ocorriam em variados pontos do campus como nas áreas mais urbanizadas, no parque da Esalq e em alguns pontos dos remanescentes florestais existentes. A partir de 2002, passados anos sem novas campanhas documentadas, estas foram retomadas de forma gradual contando com a presença em campo dos pesquisadores Julio César da Costa e Eduardo Roberto Alexandrino, os quais passaram a visitar novas áreas do campus. A partir de 2007, essas campanhas começaram a contar com os trabalhos de Daniela Tomasio Apolinario da Luz e Alex Augusto A. Bovo. “Todos os dados que coletamos constituíram listas de espécies que foram utilizadas em disciplinas de graduação como Ecologia Animal, Ecologia de Comunidades e Restauração Florestal e, até mesmo, em nossas respectivas monografias e projetos de iniciação científica”, destacou Alexandrino.

Além de campanhas específicas para coleta de dados a serem utilizadas em estudos acadêmicos, registros de novas espécies feitos pelos autores em ocasiões díspares foram incluídos na listagem final do artigo publicado, após revisão das cadernetas de campo de cada autor. Foram considerados os registros de 2002 até outubro de 2011, quando o levantamento foi finalizado. “Durante esses anos sempre um dos ornitólogos esteve presente no campus portando caderneta de campo pronto para registrar espécies até então não relacionadas. No total, mais de 400 horas de trabalho de campo foram realizadas, o que resultou numa lista com 192 espécies pertencentes a 51 famílias diferentes”, concluiu Alexandrino.

Entre as aves encontradas com mais frequência no Campus Luiz de Queiroz destacam-se o biguá (Phalacrocorax brasilianus), garça-branca-grande (Ardea alba), quero-quero (Vanellus chilensis), bem-te-vi (Pitangus sulphuratus), sabiá do campo (Mimus saturninus), sanhaço-cinzento (Tangara sayaca), tico-tico (Zonotrichia capensis), pardal (Passer domesticus), espécies consideradas comuns no ambiente urbano-rural do estado de São Paulo. Entretanto, Alexandrino chama a atenção sobre o fato de ter sido encontrado, em alguns pontos do campus, espécies que não eram esperadas como o tuiuiú (Jabiru mycteria), o gavião belo (Busarellus nigricollis), o colhelheiro (Platalea ajaja) e outras espécies de áreas alagadas, que seriam vistas apenas no Pantanal.

Além destas, 16 espécies endêmicas da Mata Atlântica, uma do Cerrado e oito espécies consideradas sob algum grau de ameaça de extinção compõem a listagem final, onde é interessante destacar a ocorrência do azulão (Cyanoloxia brissonii), do arapaçú-de-bico-torto (Campylorhamphus falcularius), da borralhara (Mackenziaena severa) e do pica-pau-rei (Campephilus robustus).

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