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As pimentas branca, verde e preta são os principais tipos de pimenta do reino existentes nos supermercados. Todos esses grãos de pimenta são procedentes da espécie Piper nigrum, porém distintos segundo período de colheita e processamento empregado. Anatomicamente, a pimenta rosa é muito semelhante às pimentas do reino. Outras características como sabor pungente, o uso comum na culinária e a comercialização a granel sob a forma desidratada também reforçam essa similaridade. Apesar de ser muitas vezes confundida como mais um tipo de pimenta do reino, a pimenta rosa é fruto de uma Anacardiaceae, Schinus terebinthifolius.

“Descobrir atividade anticolinesterásica em pimenta rosa (ainda inédito em literatura) e nas pimentas do reino verde e branca (o potencial anticolinesterásico em pimenta do reino preta já foi constatado em trabalhos anteriores), bem como seu potencial antioxidante e composição fitoquímica são maneiras de promover tanto o conhecimento sobre esses frutos, como beneficiar o grande panorama de saúde pública, seja no combate à doença de Alzheimer ou outras pandemias existentes”, explica Fúvia. O trabalho, orientado pela professora Jocelem Mastrodi Salgado, do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição (LAN) da Esalq, foi dividido em três pontos principais – avaliação da atividade antioxidante, atividade anticolinesterásica e análise do perfil metabolômico.

A pimenta rosa destacou-se contendo os maiores teores de antioxidante e a melhor atividade

anticolinesterásica em relação a todas as pimentas investigadas. Entre as pimentas do reino, a pimenta verde apresentou, em geral, os maiores teores de antioxidantes. Todavia, quanto à atividade anticolinesterásica, a pimenta preta foi a que mostrou os melhores resultados. Quanto ao perfil metabolômico, as pimentas preta, verde, branca e rosa são significativamente distintas entre si.

Unindo os resultados de metabolômica aos obtidos nas análises bioquímicas (compostos fenólicos totais, atividade antioxidante e atividade anticolinesterásica) concluiu-se que o processamento aplicado sobre as pimentas do reino foram responsáveis por modificações quantitativas e qualitativas sobre os compostos presentes nessas especiarias. Com base nos dados obtidos concluiu-se que a pimenta rosa apresenta o maior potencial na redução de risco da doença de Alzheimer, entre as pimentas investigadas.

“Para a descoberta de novos compostos ou alimentos com potencial para reduzir o risco de incidência de Alzheimer, o primeiro passo a ser dado é a avaliação do seu desempenho em análises in vitro”, ressalta a pesquisadora. “Dessa forma, estes foram os primeiros passos dessa pesquisa, sendo necessários mais estudos a fim de avaliar, de forma mais detalhada, os possíveis mecanismos de ação dos compostos bioativos presentes nas pimentas do reino e pimenta rosa”.

Agência USP de Notícias

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