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USP ESALQ – A SSESSORIA DE C OMUNICAÇÃO Veículo: Agência USP de Notícias Data: 16/10/2014

Caderno/Link: http://www.usp.br/agen/?p=190538 Assunto:

Anunciado o sequenciamento genético da seringueira

Anunciado o sequenciamento genético da seringueira

Por Rosemeire Soares Talamone, de Ribeirão Preto - rosetala@usp.br Publicado em 16/outubro/2014 | Editoria : Ciências | Imprimir |

Brasil acompanha tendência dos principais países produtores de látex

Pesquisadores brasileiros realizaram o sequenciamento genético da Hevea brasiliensis, a popular Seringueira, de olho no aumento na produtividade de látex e, consequentemente, na diminuição da dependência do produto externo. O estudo desse sequenciamento genético deu origem a tese Montagem de novo e análise do transcritoma de Hevea brasiliensis por RNA-seq e busca por marcadores moleculares, do biólogo Leonardo Rippel Salgado, defendida em maio, pelo Programa de Pós-Graduação em Genética da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP, com orientação do professor Luiz Lehmann Coutinho, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba.

Com esse trabalho o Brasil acompanha uma tendência que já é realidade nos principais países produtores de látex, que têm direcionado esforços científicos, com o sequenciamento do transcritoma — fração expressa do código genético, e do genoma — código genético completo, da seringueira a fim de se obter mais informações para programas de melhoramento genético da planta.

E o investimento na melhoria da produtividade de látex no País é mais que justificado. Ainda que o Brasil seja o berço da Seringueira, em 2012 tinha uma área plantada de cerca de 168 hectares, segundo a

Associação Brasileira de Florestas Plantas, e contribuiu em 2011, de acordo com o IBGE, com apenas 2,5% da produção mundial que foi de pouco mais de 11 milhões de toneladas de borracha natural. O Brasil possui um consumo estimado em 3% da produção mundial e apesar do aumento das áreas plantadas, a relação oferta demanda de látex possui atualmente um déficit de 296 mil toneladas, diz a International Regulatory Strategy Group (IRSG). “No topo da lista dos países mais produtivos estão Tailândia, Indonésia, Malásia e Índia”, lembra o pesquisador.

Fungo nas plantações

Entre os problemas encontrados para o desenvolvimento da cultura da seringueira no Brasil, a chamada heveicultura, é a presença do fungo Microcyclus ulei nas plantações. Questões climáticas também estão na lista de fatores que desestimulam a plantação de seringais. O ideal são regiões de clima tropical com altas taxas de umidade, justamente onde o fungo Microcyclus ulei encontra ambiente favorável para se desenvolver.

O sequenciamento descrito por Rippel Salgado pode ser a solução para esses problemas, pois para verificar a quantidade de novas contribuições aos recursos moleculares já disponíveis da Seringueira, foi feita comparação utilizando as 39.034 sequências expressas (Expressed Sequence Tags, ESTs5), depositadas no banco de dado público do Centro Nacional de Informações Biotecnológicas do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos da América (NCBI) relacionadas à Hevea brasiliensis em outubro de 2013. “Das 19.708 sequências descritas no nosso trabalho, 8.792, não encontraram similares”, comemora o pesquisador.

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