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USP ESALQ – A SSESSORIA DE C OMUNICAÇÃO Veículo: Extra Data: 07/11/2014

Caderno/Link: http://extra.globo.com/noticias/economia/aumento-da-extrema-pobreza-abre-polemica-14493535.html

Assunto: Aumento da extrema pobreza abre polêmica

Aumento da extrema pobreza abre polêmica

Palafitas em São Luís do Maranhão: economista aponta avanço da miséria no país Foto: Hans Von Manteuffel / Hans Von Manteuffel/10-1-2014 Clarice Spitz,Eduardo Barretto,João Sorima Neto - O Globo

RIO, BRASÍLIA e SÃO PAULO - Apesar de o governo argumentar que o aumento do número de miseráveis em 2013 apontado pela Pnad está ligado a uma flutuação estatística, devido ao aumento das pessoas que se declararam como tendo renda zero, o economista Rodolfo Hoffmann, da Esalq-USP, uma das grandes referências em estudos de desigualdade e pobreza do país, refuta essa tese. No ano passado, 2,369 milhões de pessoas ou 1,27% da população, se declararam com renda zero. Segundo Hoffmann, mesmo que não houvesse elevação desse grupo - formado por quem recebe pelo trabalho apenas moradia, alimentação, roupas, vales-refeição ou transporte e medicamentos - haveria aumento da pobreza extrema.

Segundo dados do Ipeadata, banco de dados do Ipea, divulgados na quarta-feira, o percentual de miseráveis, segundo a linha de pobreza de R$ 70 mensais per capita (linha do programa Brasil Sem Miséria), subiu de 3,6% em 2012 para 4% no ano passado. No mesmo dia, a ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Tereza Campello, contestou os dados dizendo ver uma incongruência, devido ao aumento do número de pessoas que se declararavam como renda zero. Ela disse que o órgão havia recalculado os dados e que o índice de miseráveis seria de 3,1%.

Mas Hoffmann calcula que o indicador aumentou de 3,11% em 2012 para 3,46% no ano passado, alta de 0,35 ponto percentual. As contas consideram apenas domicílios particulares permanentes e excluem os dados do Norte rural, entre outros. Com relação ao grupo de renda zero, este aumentou de 1,04% para 1,27% na mesma comparação, alta de 0,23 ponto.

- Há aumento da proporção de miseráveis, mesmo que sejam excluídas as pessoas com renda zero - afirma ele.

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