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« Previous Page Table of Contents Next Page »Acostumado ao peixe com farinha, base milenar da dieta amazônica, o morador do Amazonas, graças à presença de novas culturas e hábitos trazidos pela economia do polo industrial, adota novos itens na gastronomia do cotidiano. E é nessa demanda que o INPA ingressou. Os experimentos são desenvolvidos em condições de campo na Estação Experimental de Hortaliças Alejovon der Pahlen do Instituto, localizada na rodovia AM/010, Km 14, no entorno de Manaus (AM). Além dos novos hábitos, a demanda decorre do crescimento populacional verificado na Amazônia Central, o que resultou em um expressivo aumento do consumo de hortaliças convencionais nos últimos dez anos, conforme dados do Ceasa-AM - importação 2013. A necessidade de produção de hortaliças tradicionais para o Amazonas é oportuna para os agricultores familiares, especialmente dos municípios que compõem a região metropolitana, frente à grande demanda dos mercados consumidores e pela expressiva demanda no consumo observada nos últimos anos, com implicações inflacionárias.
Baixa qualidade e preço alto
De acordo com José Nilton, técnico da Estação Experimental de Hortaliças do Inpa, a maioria das hortaliças comercializadas e consumidas no Amazonas provém de outros estados brasileiros via aéreo ou fluvial, contribuindo com a oferta de baixa qualidade e alto preço nas prateleiras. A couve-flor chega a custar até R$ 14 durante o ano todo, desfavorecendo a compra pelo consumidor, excluindo assim da alimentação cotidiana a extensa lista de benéficos alimentares trazido neste vegetal. O mesmo se aplica ao brócolis e à variedade de legumes e frutas que são consumidas na região. Um dos grandes entraves para produção de legumes na Amazônia Central é a falta de cultivares adaptadas ao ambiente tropical (variedades específicas), selecionadas para a tolerância a dias longos e temperaturas elevadas.
Adaptação e perspectivas
Para suprir essa necessidade da produção local, o Inpa passou a conduzir e selecionar variedades tolerantes ao ambiente tropical a partir de seis híbridos de couve-flor resultantes do cruzamento entre duas ou mais variedades diferentes, com vistas a somar atributos no vigor da próxima geração - avaliados experimentalmente para estação seca a pleno sol, e como resultado destas pesquisas dois destes híbridos se estabeleceram e produziram com características aceitáveis para o mercado. Dentre estes atributos estão a formação uniforme de inflorescência, coloração estável para o branco/creme, tolerância a altas temperaturas e cobertura foliar sobreposta favorecendo a formação da inflorescência única, alcançando em média 400 g por unidade. Novos ensaios serão realizados para avaliação das prováveis anomalias e desordens nutricionais que podem se instalar no cultivo sucessivo da couve-flor.
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