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USP ESALQ – A SSESSORIA DE C OMUNICAÇÃO Veículo: Sindicombustíveis Data: 17/01/2014

Link: http://www.sindicombustiveis-al.com.br/2014/01/postos-seguram-repasse-da-alta-da-gasolina-por-distribuidoras/

Assunto: Postos seguram repasse da alta da gasolina por distribuidoras

Postos seguram repasse da alta da gasolina por distribuidoras

O etanol anidro se transformou no novo vilão do aumento da gasolina repassado pelas companhias distribuidoras de combustível aos postos do país e que pode chegar, em breve, ao bolso do consumidor. Compondo 25% da fórmula da gasolina, o derivado da cana-de-açúcar teria pressionado os custos e elevado ainda mais o preço do combustível — que teve aumento de 4%autorizado pelo governo federal em 30 de novembro do ano passado. A justificativa foi apresentada pelas distribuidoras aos donos de postos, que não sabem se conseguirão absorver o aumento por muito tempo.

“Estimávamos que o preço do combustível subisse 2,6%, em função do reajuste da Petrobras. Mas as planilhas de custos das quatro distribuidoras, que detêm 80% do mercado e fornecem combustível para 40 mil postos no país, apresentaram valores superiores e que chegam a 4% de aumento”, afirma Paulo Miranda, presidente da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis).

Miranda esclarece que, além do reajuste autorizado pelo governo para a gasolina e o aumento do ICMS nos estados, as distribuidoras alegam que a entressafra do álcool, que começa em janeiro e vai até o fim de março, já teria pressionado o elevação dos custos e, portanto, o preço do combustível.

A justificativa, no entanto, não convenceu os produtores de etanol. Eles argumentam que o preço do produto se mantém estável em função dos altos estoques decorrentes da safra recorde de 2013/2014.

“Não há oscilação do repasse da fábrica para a distribuição. Temos uma condição de abastecimento tranquila, sem solavancos nem expectativas de escassez”, defende Sérgio Prado, coordenador de Comunicação Regional da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).

“Além de a safra ter sido maior, todo o excedente da produção de cana do ano passado foi colocada para fazer etanol. Do ponto de vista do fabricante, o valor cobrado pelo etanol está dentro da normalidade”, reitera Prado.

Segundo balanço da Unica, até 1º de dezembro a produção das usinas da região Centro-Sul do País confirmou a expectativa de uma expansão recorde na oferta de etanol para o mercado doméstico durante a safra 2013/2014 da ordem de 25,04 bilhões de litros. Um incremento de 3,68 bilhões de litros, na comparação com a safra 2012/2013.

De acordo com os produtores, essa oferta ampliada foi suficiente para cobrir todo o aumento na demanda brasileira por combustíveis para veículos leves. “Trata-se de um crescimento recorde,

sendo superior inclusive aos registrados nas safras 2007/2008 (4,45 bilhões de litros) e 2008/2009 (3,62 bilhões de litros), período em que mais de 50 novas unidades começaram a operar — 25 em 2007/2008 e 30 na safra 2008/2009”, informou a Unica em nota.

Professora da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/ USP) e pesquisadora do Centro de Estudos Avançados em Economia (Cepea/USP), Mirian Bacchi acredita que as distribuidoras tenham repassado, precocemente, a estimativa de alta no preço do combustível em função da entressafra, sem que, no entanto, o aumento se confirmasse.

“Teoricamente, na entressafra, que é nos meses de janeiro a março, costuma-se ter uma alta no preço do etanol. No entanto, esse movimento ocorre quando se tem uma safra aquém da esperada, o que não ocorreu neste ano”, afirma Bacchi.

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