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USP ESALQ – A SSESSORIA DE C OMUNICAÇÃO

Veículo: Seu Planeta

Data: 12/02/2014

Link: http://www.seuplaneta.com.br/Piracicaba/2014/02/seca-e-calor-fazem-verduras-sumirem-dos-varejoes.html

Assunto: Seca e calor fazem verduras sumirem dos varejões

Seca e calor fazem verduras sumirem dos varejões

O consumidor deve preparar o bolso porque as verduras, os legumes e as frutas dispararam de preço em virtude da quebra na produção. As altas temperaturas e a falta de chuvas contribuíram para este cenário. Levantamento da Sema (Secretaria de Agricultura e Abastecimento) aponta que as verduras "sumiram" dos varejões. E os legumes e as frutas tiveram um aumento de até 60%.

Nos supermercados os produtos aumentaram até 200%. Além disso, a qualidade dos produtos teve uma queda. Segundo levantamento da Sema, os produtos que tiveram as maiores altas de preço foram laranja, com aumento de 60,7%; chuchu (60%); repolho verde (56,86%); brócolis (50,23%); pepino e alface (50%); rúcula (44,36%); berinjela (39,84%); pimentão verde (37,5%); melancia (31,94%), além de couve flor Piracicaba e chicória (25%). O levantamento foi feito no período de 10 de janeiro a 7 de fevereiro. A comparação é feita entre os preços praticados nos varejões municipais.

O comprador do Supermercado Delta, Roberto Bonifácio, informou que a falta de hortaliças como rúcula, almeirão e legumes, principalmente chuchu e abobrinha, sumiram do mercado. Além disso os preços estão altos. "De 150% a 200% a mais, dependendo do produto", disse. Segundo Bonifácio, isso não prejudica as vendas, mas muitos clientes ficam sem as verduras e legumes desejados.

"Com a seca, os produtos estão chegando cada vez pior e os preços subindo a cada dia. Muitas folhas estão em falta no supermercado devido a qualidade", afirmou Bonifácio. A engenheira agrônoma da Sema, Evelise Moncaio Moda, informou que o calor afeta principalmente a fisiologia das folhas. Com isso, a qualidade cai. Segundo Evelise, não se encontra mais verduras para comprar. "Com a falta de chuva e o calor excessivo, as folhas ficam ou sem desenvolvimento. Exemplo disso é o milho que não forma grão e a alface que não está formando cabeça", disse.

Segundo Evelise, os agricultores registram perdas de hortifrutis por apodrecimento. Além do calor, muitos fungos e bactérias se proliferam nas folhas. "Muitas vezes o sistema de irrigação não é o suficiente para a planta, assim o combate as pragas também é mais difícil, pois a baixa umidade do ar provoca a proliferação de doenças", relatou a engenheira agrônoma.

O doutorando em fitotecnia da Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), Rafael Campanhol, informou que com o calor excessivo as plantas transpiram muito, provocando queimaduras, o que também prejudica a formação da folha, que murcha com mais facilidade. "Com a falta de água, o desenvolvimento dos produtos de hortifruti é afetado em todos os aspectos, tanto no crescimento como qualidade. E com este calor as plantas sentem muito os raios UVB, o que acaba acelerando o ciclo, perdendo a qualidade", disse Campanhol.

Outros problemas nas lavouras são as pragas. Com o calor, as plantas são regadas, ficando assim úmidas. "Como o solo está seco e a umidade do ar muito baixa, as pragas de outras plantas acabam migrando para os legumes e verduras, que recebem água pelo menos três vezes por dia", relatou Campanhol.

As folhosas se desenvolvem em clima ameno. Exemplo disso é que no inverno os preços vão lá embaixo devido a alta produtividade. "As folhas não gostam de climas nem muito quentes nem muito frios, que é o que ocorre no Inverno, com sol baixo e clima fresco. Hoje os hortifrutis estão reduzindo em tudo, provocando também um distúrbio fisiológico nas folhas", informou.

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