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« Previous Page Table of Contents Next Page »Potencial de produção
Segundo Cortez, a produção de bioenergia na África do Sul e em Moçambique ainda é muito pequena. A África do Sul, no entanto, já é a maior produtora de cana do continente africano, voltada em sua maior parte para a produção de açúcar e com volume equivalente ao produzido pelo Nordeste brasileiro – de, aproximadamente, 20 milhões de toneladas por ano.
Moçambique, por sua vez, produz atualmente 3,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, em uma área plantada de 47,4 mil hectares, e tem grande potencial para expandir o cultivo para a produção de etanol.
O problema, no entanto, é que, no caso da África do Sul, o país não possui deficiência energética, uma vez que exporta energia, proveniente especialmente do carvão, sua maior matriz energética. “A produção de etanol de cana-de-açúcar na África do Sul deverá ser feita mais como um subproduto do açúcar”, estimou Cortez.
Já Moçambique desfruta de uma situação energética menos favorável do que a África do Sul e depende de energia importada. O país, contudo, ainda precisa solucionar questões fundiárias e de zoneamento agrícola que têm impactos na expansão da produção da cana, afirmou Cortez.
“A produção de cana não depende apenas das condições físicas e climáticas do país, mas também de um bom ambiente político e institucional”, avaliou Cortez. “Estamos analisando essas questões no estudo”, afirmou.
Na avaliação do pesquisador, os dois países compartilham uma condição fundamental para a produção de biocombustíveis: possuem grande disponibilidade de terra fértil e condições climáticas propícias.
“Produzir biocombustíveis é também uma atividade para países que possuem muita extensão de terra”, afirmou. “Para os com pouca disponibilidade de terra, o ideal é se dedicar à produção de produtos agrícolas que não são commodities, como é a cana-de-açúçar.”
De acordo com estimativas internacionais, o mundo possui hoje cerca de 440 milhões de hectares de terra para uso agrícola ainda disponíveis, dos quais aproximadamente 60% estão localizados na América Latina – sendo 150 milhões de hectares no Brasil. Os 40% restantes estão na África.
“Nas outras regiões não existem muitas áreas disponíveis para aumentar a fronteira agrícola. O que sobra são área desérticas ou montanhosas”, comparou Cortez.
Mais informações sobre o GSB Project: 208.67.2.44/gsb/index.html.
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