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« Previous Page Table of Contents Next Page »USP ESALQ – A SSESSORIA DE C OMUNICAÇÃO Veículo: Mercado Ético Data: 27/08/2014
Caderno/Link: http://www.mercadoetico.com.br/arquivo/analise-do-habitat-favorece-preservacao-do-lobo-guara/
Assunto: Análise do hábitat favorece preservação do lobo-guará
Análise do hábitat favorece preservação do lobo-guará
Raiza Tronquin, da Assessoria de Comunicação da Esalq
Na Escola de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, pesquisa do biólogo Rogerio Cunha de Paula avalia as condições do cerrado e outros biomas brasileiros à conservação do lobo-guará e analisa a seletividade de atributos ambientais e paisagísticos pela espécie em áreas naturais e alteradas pela atividade humana. Por meio dessas informações, o trabalho do Programa de Pós-Graduação em Recursos Florestais da Esalq busca realizar análises de viabilidade populacional para verificar as fragilidades do animal e propor estratégias de manejo de seus habitats e populações.
O surgimento de animais silvestres, como o lobo-guará, em áreas urbanas, tem se tornado cada vez mais frequente e alguns especialistas apontam a falta de alimentos no habitat natural como motivo principal. No entanto, pouca informação existe sobre a ocupação e tolerância deste animal em extensões alteradas por atividades humanas. Dentro deste contexto, o biólogo vem desenvolvendo, em sua tese de doutorado, o projeto “Adequabilidade ambiental dos biomas brasileiros à ocorrência do lobo-guará e avaliação do uso de paisagens antropizadas”.
Registros da espécie por todo o Brasil, coletados em animais monitorados por coleiras com GPS e transmissores via satélite, constituem os dados que formam a base da pesquisa. “O monitoramento é
realizado com tecnologia de ponta, permitindo estudar as rotas percorridas pelos animais”, diz o biólogo. “O colar transmissor armazena dados a cada hora, identificando de forma exata a localização e informações sobre a atividade do animal, por exemplo se está em repouso, movendo-se devagar ou correndo”.
Animais monitorados
Segundo o estudioso, a base de dados é composta por aproximadamente 40 mil localizações de 66 animais monitorados. “Essas informações são processadas a partir de modelagem de distribuição de espécies; análises da paisagem utilizada e disponível; custo de movimentação e seleção de recursos”, esclarece Cunha de Paula. O trabalho tem sido realizado no Laboratório de Ecologia, Manejo e Conservação de Fauna Silvestre (LeMac) e parte das análises serão feitas no Instituto de Biologia de Conservação Smithsonian, nos Estados Unidos. “O grande volume de informações associado à precisão, indicará neste projeto as alternativas de manejo para a conservação da espécie”, conclui.
Orientado pela professora Katia Maria Paschoaletto Micchi de Barros Ferraz, do Departamento de Ciências Florestais (LCF) da Esalq, o pesquisador conta com o apoio do ICMBio, do Programa Empreendedores da Conservação (SPVS/E-Cons) e da Tetra Pak. Criado em 2004, o Programa de Conservação Lobos da Canastra, conduzido na região da Serra da Canastra (MG), é uma iniciativa transdisciplinar coordenada pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Pró-Carnívoros (OSCIP).
Em 2011, a Esalq passou a participar do projeto, com o envolvimento da professora Katia Maria
Paschoaletto Micchi de Barros Ferraz, quando as primeiras avaliações sobre a adequabilidade das paisagens do Cerrado à ocupação do lobo-guará começaram a ser realizadas. No ano seguinte, Rogerio Cunha de Paula ingressou como doutorando na Esalq. O biólogo, que pesquisa a espécie há 16 anos, atua como analista ambiental e coordena o programa de conservação do CENAP/ICMBio.
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