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USP ESALQ – A SSESSORIA DE C OMUNICAÇÃO Veículo: Maxpress Data: 06/01/2015

Caderno/Link: http://www.maxpressnet.com.br/Conteudo/1,728060,ESALQ_-

_Alternativa_vencedora_Programa_de_controle_biologico_com_uso_do_Trichogramma_completou _30_anos,728060,8.htm

Assunto: ESALQ – Alternativa vencedora: Programa de controle biológico com uso de Trichogramma completou 30 anos.

ESALQ - Alternativa vencedora: Programa de controle biológico com uso do Trichogramma completou 30 anos.

Alternativa vencedora

Programa de controle biológico com uso do Trichogramma conduzido pelo Departamento de Entomologia e Acarologia completou 30 anos; na foto, vespinha parasita ovo de praga

Uma vespinha minúscula, de olhos vermelhos, percorre grandes distâncias, atraída por substâncias químicas presentes em escamas de asas de mariposas que caem sobre os ovos que acabam de ser colocados. Então esses ovos são parasitados pela vespinha, ou Trichogramma, como é cientificamente chamada, impedindo o nascimento de lagartas que, geralmente, atuam como pragas agrícolas de efeito devastador. Esse é o princípio natural que originou um vitorioso programa de controle biológico nascido na década de 1980, na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ).

A vespinha começou a ser discutida em 1926 e ainda na década de 1930 pesquisas começaram a ser conduzidas no Rio de Janeiro no controle de pragas de tomate. Em 1982, o pesquisador francês Jean Voegelé visitou o Departamento de Entomologia e Acarologia (LEA) da ESALQ, para ministrar um curso sobre controle biológico a partir do Trichogramma. Na ocasião, o professor José Roberto Postali Parra se entusiasmou. “Por conta daquela visita eu acabei também visitando a estação experimental em Antibes, na França, para conhecer o trabalho do Voegelé e, na minha volta, começamos a pesquisador o tema”, conta. Dois anos depois, de forma sistemática, o Departamento incorporou a proposta de criar um programa consistente. “Em 1984, projetamos um programa completo, a partir do envolvimento de uma equipe multidisciplinar na área de entomologia. Organizamos um programa a longo prazo, que tinha começo meio e fim, que incluía trabalhos em várias frentes, como a biologia, a taxinomia, a ecologia e o próprio estudo com agroquímicos afetando as vespinhas. A equipe assim desempenhou as tarefas de coleta do inseto, identificação, depois partimos para a criação em larga escala, a distribuição no campo, a necessidade de inseticida, como liberar no campo, até chegarmos em um modelo que resultou em uma relação custo benefício positiva”.

Em 2014, o programa de controle biológico com Trichogramma completou 30 anos e, após anos de estudos, foram obtidos bons resultados de controle de pragas de diversas culturas. “Graças aos avanços bioecológicos obtidos, o agricultor brasileiro que tem uma cultura de agroquímicos, começa a entender, depois de três décadas, porque usar um inimigo natural tão pequeno e tão difícil de ser visualizado”.

A despeito de todos os problemas encontrados para o uso de controle biológico, grandes áreas têm sido tratadas para o controle de Diatraea saccharalis em cana-de-açúcar com T. galloi, em 500 mil ha e mais recentemente para Helicoverpa armigera e Chrysodeixis includens em soja, onde cerca de 250 mil ha foram tratados na safra 2013 – 2014 com Trichogramma pretiosum. “Esses números poderão aumentar se houver disponibilidade do insumo biológico, com potencial de uso em maior escala em algodoeiro, milho, frutíferas, feijoeiro, para os quais o Trichogramma já é utilizado, mas ainda aquém do esperado”, complementa Parra.

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