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« Previous Page Table of Contents Next Page »O Brasil produz atualmente cerca de 45 bilhões de litros de gasolina, o dobro dos volumes de etanol. Ainda assim, no ano passado, importou 16 bilhões de litros do derivado do petróleo para dar conta da demanda.
Essa distorção ocorreu em parte porque o governo federal, que detém o monopólio do petróleo no país por meio da Petrobras, manteve baixo os preços da gasolina e do diesel, com o propósito de manter a inflação sob controle, uma vez que o preço do combustível influencia os preços de toda a cadeia produtiva e logística.
A questão é que hoje 80% dos carros fabricados são da modalidade Flex. É o consumidor que escolhe se vai abastecer com etanol ou gasolina. Para não perder mercado, os produtores do etanol precisam manter seus preços abaixo do da gasolina (que estava artificialmente reduzido pelo governo), o que nem sempre foi possível. Como resultado, nos últimos cinco anos, enquanto a produção de gasolina dobrou, a de etanol ficou estagnada.
Agora, com a promessa do etanol 2G ampliar em até 50% o volume de combustível produzido por hectare de cana, talvez seja possível reverter essa dependência atual da gasolina, já que esse aumento da oferta de etanol tende a influenciar seu preço. Segundo a GranBio, quando suas 10 unidades estiverem operando em pleno vapor (não há prazo para isso), seu custo de produção será 20% inferior ao do etanol de primeira geração.
REINVENTANDO O SETOR
O etanol 2G traz outras vantagens estratégicas para o setor sucroalcooleiro. Hoje, as usinas trabalham por oito meses e interrompem a produção nas entressafras. Porém, de acordo com Labate, como a tecnologia do 2G permite extrair etanol de qualquer vegetal, outras culturas, como o sorgo e o eucalipto, podem ser processados durante as entressafras.
De maneira mais ampla, o professor da Esalq defende que as usinas ganhem outra roupagem,
transformando-se em biorefinarias. Segundo ele, as novas unidades a serem implementadas no país e no mundo serão mais eficientes, com capacidade de produzir, além do etanol e do açúcar, produtos de maior valor agregado, hoje concentrados na indústria petroquímica, como o plástico, insumos para as indústrias farmacêutica e cosmética, solventes, entre outros. Só que tudo à base de fibras de celulose, carregando o apelo do ecologicamente correto.
É precioso diversificar para fazer o negócio economicamente viável. E seguir o exemplo das refinarias de petróleo, ter o desempenho do setor petroquímico como parâmetro, é um bom começo para o setor sucroalcooleiro, comenta Labate.
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