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Agressões, chibatadas, cuspe na cara, envenenamento e até ações de tortura fazem parte do ritual de entrada para os alunos da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), campus da USP em Piracicaba (SP). Desde dezembro, estudantes estão sendo chamados para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) na Alesp.

Em depoimento, um aluno afirmou que foi envenenado com um liquido agrícola, que foi jogado em seu corpo, tirou os movimentos e degradou a pele. Ele não conseguiu ir à faculdade por conta do efeito do veneno e trancou a matrícula durante um ano.

"O exame toxicológico apontou veneno no meu corpo. Eu não tinha movimento nenhum, não conseguia me mexer. Fui prejudicado, não consegui fazer provas, não conseguia ir às aulas. Além disso eu ainda fui suspenso por uma semana depois que eu tentei denunciar o caso para a diretoria da universidade", afirmou.

Outra estudante da Esalq, que prestou depoimento em sigilo, afirmou que os trotes acontecem dentro das dependências da universidade e também em repúblicas. Ela relatou que foi agredida com chutes, cuspes na cara e ainda foi obrigada a beber uma substância alcoólica, que ela acredita ter sido adulterada. "Talvez a minha bebida tenha sentido batizada, porque logo depois eu apaguei. Ainda disseram que eu tive sorte, porque poderia ter acontecido algo pior comigo", disse.

Além disso, a aluna afirmou que um dos trotes da Esalq é chamado de "ralo doido" e que as ações são muito semelhantes a rituais de torturas. Eles levam a gente para o meio de um canavial, fazem a gente tirar a roupa, dão chibatadas, esfregam a gente no chão, afirmou. De acordo com os estudantes, os trotes aos calouros na USP só termina no dia 13 de maio, data em que se comemora a libertação dos escravos no Brasil.

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