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USP ESALQ – A SSESSORIA DE C OMUNICAÇÃO Veículo: Jornal de Piracicaba Data: 23/01/2015

Caderno/Link:http://www.jornaldepiracicaba.com.br/capa/default.asp?p=viewnot&cat=viewn ot&idnot=224905

Assunto: Professores da ESALQ condenam cultura do trote em depoimento

Professores da Esalq condenam cultura do trote em depoimento

O Jornal de Piracicaba teve acesso à íntegra do depoimento dos professores da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), durante a 12ª audiência da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que apura trotes e as violações de direitos humanos nas universidades do Estado.

A reunião aconteceu nesta quarta-feira (21/01) na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo), onde os docentes ouvidos condenaram a cultura do trote.

No ato, o deputado Adriano Diogo (foto) (PT), presidente da comissão, ouviu Antônio Ribeiro de Almeida Junior, Marcos Vinícius Folegatti e Beatriz Appezzato da Glória.

O primeiro a depor foi Almeida Junior, que afirmou que uma das raízes do problema está no consumo deliberado de bebidas alcoólicas.

A imposição ao consumo de álcool é recorrente, o que é agravado pelo fato que, quando embebedadas, as pessoas fazem coisas que jamais fariam em sã consciência.

No entendimento do professor, o trote não cumpre o papel de integrar os alunos.

Penso que o trote segrega os estudantes e, a partir disso, questiono o papel da universidade em permiti-lo. A instituição não deve ceder seu espaço para a realização de eventos onde o trote vai ocorrer. Aos olhos da lei, o trote é uma tortura e a universidade também deve entendê-lo desta forma, disse Almeida Junior.

Durante a CPI, o professor explicou as duas fases do trote.

Na primeira, o aluno que recebe é obrigado a permanecer calado e obedecer. Na outra, ele age como um soldado e é obrigado por seus superiores (outros alunos) a aplicar o trote nos novatos e aqueles que se negam são humilhados e punidos.

Se dirigindo ao diretor da Esalq Luiz Gustavo Nussio, que acompanhava a audiência na plateia, Almeida Júnior criticou uma fala em que, segundo ele, o diretor afirmava não haver a necessidade de novas medidas para conter o trote.

Me espantei com tal declaração do senhor, da qual discordo profundamente e gostaria que nos explicasse melhor o que quis dizer.

Marcos Vinícius Folegatti, também prestou depoimento.

O docente era, em 2002, prefeito do campus quando uma aluna foi abusada sexualmente por oito estudantes durante a festa em uma república.

Na época, a aluna pediu apenas que os autores retirassem da internet o texto onde havia a descrição dos atos cometidos contra ela.

A professora Beatriz Appezzato da Glória afirmou ter ficado surpresa com a convocação e disse esperar que a CPI tenha um resultado positivo.

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