USP ESALQ – A
SSESSORIA DE
C
OMUNICAÇÃO
Veículo: Maxpress
Data: 28/05/2015
Caderno/Link:http://www.maxpressnet.com.br/Conteudo/1,758534,Estudo_avalia_importanc
ia_de_areas_verdes_em_hospitais,758534,2.htm
Assunto: Estudo avalia importância de áreas verdes em hospitais
Estudo avalia importância de áreas verdes em hospitais
Nas primeiras décadas do século 20, profissionais da área de saúde investiram em ambientes funcionais
de trabalho, dando ênfase à implantação de equipamentos de alta tecnologia, sem se preocupar com o
grau de conforto proporcionado pelo ambiente físico. Trabalhos científicos nesta área classificaram os
espaços como estressantes e inadequados em razão de não observarem as carências emocionais e
psicológicas dos usuários.
Com o objetivo de divulgar a importância da implantação de áreas verdes em unidades hospitalares,
tornando o ambiente mais humanizado e menos estressante, a arquiteta e urbanista Léa Yamaguchi
Dobbert realizou pesquisa no Programa de Pós-graduação (PPG) em Recursos Florestais da Escola
Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP/ESALQ). Esse estudo provém de uma inquietação, fruto de
uma experiência como interna na Irmandade Santa Casa de Valinhos (SP), quando pude vivenciar a falta
de um espaço não só agradável, mas saudável, para realizar as caminhadas orientadas pelo médico,
tendo de fazê-las nos corredores escuros e com pouca ventilação, conta a pesquisadora.
Orientada pelo professor do Departamento de Ciências Florestais, Demóstenes Ferreira da Silva Filho,
Léa propôs à direção do hospital a recuperação do local por meio da implantação de elementos arbóreos
e vegetação, requalificando as áreas livres existentes entre as alas de internação. Para verificar quais
interferências foram proporcionadas pelos espaços ajardinados, realizei 596 entrevistas com usuários dos
espaços analisados, a fim de verificar seu grau de conforto térmico e bem estar. A requalificação das
áreas foi feita por meio de trabalho voluntário e com doação de viveiros de plantas.
Segundo Léa, os benefícios puderam ser constatados pela satisfação dos usuários dos espaços, em
relação ao conforto térmico, visual e psíquico, que pôde ser comprovado por diversos relatos dos
entrevistados. O paciente, já fragilizado pelo estado em que se encontra, quando tem um ambiente mais
aconchegante e familiar, certamente se sente mais calmo, o que reflete de forma direta em sua saúde,
afirmou a arquiteta.
Para a pesquisadora, mais estudos devem ser realizados a fim de comprovar a importância das áreas
verdes hospitalares. Hoje existe uma manutenção deficiente, por isso é necessário o reconhecimento por
parte dos gestores em relação ao valor desses espaços. O estudo foi financiado pela Coordenação de
Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).
Alessandra Postali
Estagiária de Jornalismo
Assessoria de Comunicação (Acom)
USP ESALQ
Av. Pádua Dias, 11 Caixa Postal 9
Piracicaba – SP