Segundo a Esalq, a maioria das universidades estrangeiras aceita estudantes internacionais na condição
de aluno especial, permitindo que cursem alguns créditos sem ser necessária firmação de convênio.
A Esalq também tem um programa de dupla diplomação com a França que em 2015 completa uma
década — o convênio foi assinado em 2005 e já graduou 89 estudantes brasileiros e franceses.
HISTÓRIA —
Em 14 de abril de 2005, foi assinado um acordo entre a Esalq e o Institut Nationale
Agronomique Paris—Grignon, hoje integrado ao grupo AgroParisTech, e com o Consórcio Fésia,
constituído na época por escolas situadas em Angers, Beauvais, Lille, Lyon e Toulouse.
Os primeiros duplos diplomas foram outorgados em janeiro de 2008 a dois estudantes da Esalq e dois
franceses.
Nos anos seguintes, foram assinados novos acordos com outras instituições francesas, que envolvem
alunos de Engenharia Agronômica e Florestal, Gestão Ambiental e Ciências dos Alimentos.
A mobilidade estudantil anual é expressiva, nos dois sentidos, seja em estágios, obtenção de créditos em
disciplinas ou nos programas de dupla diplomação.
Dez anos depois do estabelecimento da parceria, o total de estudantes beneficiados por estes acordos
passa de 200.
Segundo a Esalq, são 57 brasileiros e 32 franceses duplo diplomados em Engenharia Agronômica e mais
recentemente um brasileiro e dois franceses em Ciências dos Alimentos.
“A vantagem da dupla diplomação é que você tem dois diplomas, o da Esalq e o da instituição francesa,
que vale em toda a União Europeia”, afirmou a professora Thais Vieira, que coordena o convênio de
cooperação acadêmica com a França.
Segundo a professora, qualquer aluno da Esalq a partir do terceiro ano de graduação pode se inscrever
por editais lançados ao longo do ano.
“Os alunos vão e vem, mas mantêm o contato com a instituição de origem. Este convênio amplia
fronteiras, o aluno vê que a realidade mundial é muito maior, ele começa a ter visões globais sobre um
mesmo assunto”, disse Thais.
“O aluno estrangeiro dentro do nosso campus também sensibiliza o aluno brasileiro e o incentiva a buscar
o programa internacional.”
NA FRANÇA —
Bruno Faria Baricelli, 21, mora há nove meses em Bordeaux.
Pelo convênio de dupla diplomação da Esalq com a França, está cursando o primeiro ano de MBA na área
de viticultura e enologia.
A partir de junho, ele começará dois estágios com experiência de colheita e vinificação, além de realizar o
trabalho de conclusão de curso.
“Sempre quis fazer intercâmbio e ter uma experiência de morar no exterior. A partir do momento que
decidi que a viticultura e a enologia eram áreas que me interessavam, comecei a procurar formas de unir o
útil ao agradável. Optei por Bordeaux por dois motivos: essa é uma das mais famosas áreas de produção
de vinhos franceses e a qualidade dos professores daqui nessa área é mundialmente conhecida”, disse o
estudante.
Segundo ele, a experiência que está vivendo é indescritível.
“Em nove meses, tenho a impressão de ter vivido no mínimo dez anos. O intercambista amadurece em
termos de responsabilidades, de autocontrole e autoconfiança, sem falar na rápida evolução no domínio