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USP ESALQ – A
SSESSORIA DE
C
OMUNICAÇÃO
Veículo: Agência USP de notícias
Data: 30/07/2015
Caderno/Link:
Assunto:
Técnica exclui lotes de sementes de soja com patógenos
Técnica exclui lotes de sementes de soja com patógenos
Ana Carolina Brunelli, da Assessoria de Comunicação da Esalq
Metodologia detecta fungos fitopatogênicos encontrados em sementes de soja
Uma pesquisa realizada no Programa de Pós-graduação em Fitopatologia, da Escola Superior de
Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, possibilitou a adaptação de uma
técnica molecular, chamada Reação em Cadeia da Polimerase em Tempo Real (qPCR) para
sementes de soja. A autora do estudo, Juliana Ramiro, descreve o método: “Estabelecemos uma
metodologia para detectar fungos fitopatogênicos encontrados com maior frequência em
sementes de soja, de uma maneira mais rápida e precisa”.
As sementes são as principais fontes de disseminação dos fungos. Portanto, a estratégia mais
eficaz é, por meio da técnica molecular, realizar a exclusão de lotes de sementes contendo
patógenos antes do plantio. Os fungos patogênicos de maior ocorrência em sementes de soja
são
Phomopsis spp. Colletotrichum truncatum
,
Cercospora kikuchii
,
Rhizoctonia
solani
,
Sclerotinia sclerotiorum
,
Fusarium pallidoroseum
(
sin. F. semitectum
),
Aspergillus
flavus
,
Penicillium spp
, entre outros.
Avanços tecnológicos, unidos à eficiência e habilidade de produtores agrícolas, influenciam o
desenvolvimento da cultura da soja, que se destaca principalmente no Centro-Oeste e Sul do
Brasil. O grão, que é utilizado na preparação de ração para animais, também está presente na
dieta dos humanos e, portanto, cuidados são necessários para que não ocorram prejuízos
durante a produção dessa cultura, que sofre com a presença de alguns agentes patogênicos,
entre eles, os fungos.
Rapidez como vantagem
A técnica desenvolvida na Esalq possibilita verificar a presença de dois ou mais patógenos alvos
de uma única vez. “A vantagem desse método é a rapidez com que se consegue diagnosticar se
há ou não presença de algum fungo patogênico à soja na semente, em poucas horas”, diz a
pesquisadora. Atualmente a detecção convencional é realizada em laboratórios oficiais
credenciados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), em acordo com
as Regras para Análises de Sementes no Brasil (RAS).
O estudo, orientado pelo professor Nelson Sidnei Massola Júnior, do Departamento de
Fitopatologia e Nematologia, utiliza iniciadores e sondas no qPCR, que estão sendo avaliados e
comparados aos métodos tradicionais de detecção de patógenos. De acordo com Juliana, os
métodos tradicionais estabelecidos pela RAS são demorados, laboriosos e demandam
profissionais com conhecimento em taxonomia clássica para que sejam executados. “A
metodologia de detecção por meio de técnicas moleculares, além de mais rápida, pode ser
executada e interpretada por pesquisadores que não tenham conhecimento de taxonomia
clássica de fungos” ressalta.
Segundo a pesquisadora, quando uma semente de soja é diagnosticada com alguma doença, é
possível excluir os lotes de sementes contaminadas, evitando assim, reduções na produção da
cultura ou até mesmo a entrada de patógenos em áreas onde ainda não ocorrem. “Esse projeto
deve servir para incentivar pesquisadores para que continuem se empenhando na busca de
otimização de mão de obra tanto para pesquisa, como para as medidas práticas que auxiliam no
desenvolvimento do agronegócio brasileiro” avalia.
Equipe
Participam do desenvolvimento da pesquisa, além da autora e seu orientador, a professora Maisa
Ciampi Guillardi, pós-doutoranda no laboratório de Fungos Fitopatogênicos do Departamento de
1...,30,31,32,33,34,35,36,37,38,39 41,42,43,44
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