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DetalhesdaESALQ

ProjetoMemória

Ano XI Número 37 setemb 8

Edifício

“Prof. José Theófilo do Amaral G

“Sinto-me realizado como professor e orientador”

valorizado por eles”

Nascido em 19 de agosto de 1939, em Jaú (SP), José Dias Costa é o caçula da família de cinco irmãos. Seu pai era engenheiro, profes-sor de Ciências e cafeicultor e sua mãe profes-sora. “Meu pai sempre plantou café. Essa his-tória do café já vem dos meus avôs paternos e maternos, que eram cafeicultores na região de Jaú. Um dos meus avôs, formado na São Fran-cisco, USP, casou-se com filha de um fazen-deiro de Limeira (SP). Como era comum pa-gar dotes naquela época, ele ganhou 50 alqueires de terra, em Jaú. Foi então que ele formou a fazenda Belo Horizonte, que é pro-priedade da família até hoje. Naquele tempo, o café davamuito lucro, valia ouro!”.Antes mes-mo de vir estudar na ESALQ, já conhecia Piracicaba. “Minha mãe estudou e formou-se na Escola Normal Sud Mennucci em 1930. Nós temos laços de amizade e parentesco com pessoas de Piracicaba. Tenho primos distan-tes. Por isso, nós vínhamos bastante para cá”. Ingressou na ESALQ em 1959, como es-tudante da primeira turma a cursar Engenharia Agronômica em 5 anos. “Naquela época a se-leção era realizada pelos próprios professores da Escola”. Morou em uma república chama-da Fofoca, onde dividia o quarto com outros três estudantes. “[A república] ficava no cen-tro, perto da Igreja São Benedito. Era uma casa grande, de esquina.A porta ficava sempre aber-ta, entrava quem quisesse (risos)”. Também foi um dos primeiros moradores da Casa do Estudante Universitário (CEU). “Fui campeão do primeiro campeonato de xadrez da CEU e diretor de Xadrez daAssociaçãoAtléticaAca-dêmica Luiz de Queiroz (AAALQ)”. Na graduação, lembra que como sua tur-ma foi a primeira a ter cinco anos de duração, passou a ter disciplinas optativas por áreas. “Então eu optei pela área de fitotecnia e assim fiz as disciplinas de café, arroz, milho, que eram as principais, entre outras matérias liga-das à produção vegetal”.

Formou-se em1963 e, emseguida, foi apro-vadoemconcursonaSecretariaEstadual daAgri-culturaeassimtrabalhouporumanoemeiocomo agrônomo regional na antiga Casa da Lavoura, em Itapuí (SP). Em 1965, foi convidado pelo professor EdgarddoAmaralGraner para ser pro-fessor da4ª Cadeira,Agricultura eGenéticaApli-cada, que depois passou a ser Departamento de Agricultura e, finalmente, DepartamentodePro-dução Vegetal (LPV). “Entrei como instrutor e depois passei a ser professor-assistente. Na sequência, fiz a pós-graduação na ESALQ, con-cluindo o doutorado em1971”.

Por décadas foi o responsável pela disci-plina Cultura do Cafeeiro tanto na graduação quanto na pós-graduação. “Em 2013 inclusive elaborei, para a revistaVisãoAgrícola, a linha do tempo com a história do café, que se funde com a própria história do Brasil”. Além da cafeicultura, Dias Costa também lecionou con-teúdos referentes às culturas da seringueira, algodão, cacau, adubos verdes e crotalaria juncea. “A partir de 1985 passei a dedicar boa parte do meu tempo à cultura da seringueira”. Assim implantou na ESALQ experimentos com seringueira em uma área de 4 ha, próxi-ma ao Posto Meteorológico do Campus . “Esse seringal existe até hoje e foi utilizado para a elaboração de dezenas de dissertações e teses, contemplando diversas áreas do co-nhecimento agronômico”.

Entre as curiosidades da vida acadêmica, em certa ocasião, acompanhou o então diretor da ESALQ, João Lucio deAzevedo, e o cole-ga de departamento, professor Marcos Bernardes, à China. “Visitamos a Grande Mu-ralha, as Tumbas Imperiais e a Cidade Proibi-da e fomos recebidos pelo embaixador do Bra-sil. O curioso é que no jantar fora servido, em ambiente de muito mistério, um prato aponta-do como medicinal, que diziam curar artrite e artrose: escorpião frito! Não tive dúvidas, sa-boreei os escorpiões devidamente fritos (ri-

sos). Essa viagem foi a melhor de todas!”. Aposentou-se em1995, mas continuou por cerca de 10 anos com intensa atividade docen-te. “Semnenhuma remuneração adicional. Sin-to-me realizado como professor e orientador”. Ainda participa como membro de banca de mestrado e doutorado, além de integrar proje-tos e atividades do Grupo de Experimentação Agronômica (GEA). “Após minha aposenta-doria, foi contratado o professor José Laercio Favarin, que deu continuidade às nossas ativi-dades didáticas e de pesquisa”.

Orientou mais de 50 teses de pós-gradua-ção e participou de mais de uma centena de bancas examinadoras de pós-graduação, além de comissões de concurso para admissão de professores nas faculdades de agronomia de Jaboticabal, Botucatu e Manaus. “O ápice da gratificação como docente alcancei quando por algumas vezes fui homenageado pelos alunos como umdosmelhores professores da ESALQ. Encontro ex-alunos com frequência e não há nada que supere a satisfação de ser lembrado e valorizado por eles e chamado: “Oi professor!”.

O edifício “Prof. José Theófilo do Amaral Gurg nome do engenheiro agrônomo que formou-se na E 1937 e lecionou na Escola entre 1938 e 1971. Cons 1930, tem área de 2.307,75 m 2 . É de responsabilida partamento de Genética (LGN) e abriga a Secretaria ação do LGN, salas de docentes, laboratórios, o Anfit Ernesto Paterniani, com capacidade de 96 lugares salas de aula que destacam o nome de docentes que ram com o desenvolvimento da Genética: Marcílio Dias, Almiro Blumenschein e Warwick Estevam Kerr

TEXTO Caio Albuquerque

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