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USP ESALQ – A SSESSORIA DE C OMUNICAÇÃO

Veículo: Globo Rural Data: 30/12/2011

Link: http://revistagloborural.globo.com/Revista/Common/ Caderno / Página: - / -

Assunto: Empresa de energia lucra com preservação do meio ambiente

Empresa de energia lucra com preservação do meio ambiente

Grupo Balbo, no interior paulista, é pioneiro no setor com a utilização de bagaço de cana para geração de bioeletricidade

por Texto Janice Kiss | Fotos Ernesto de Souza e Manoel Marques

A Usina São Francisco e sua vizinha Santo Antônio, em Sertãozinho (SP), se abastecem de energia limpa gerada na indústria

Não é tão distante o tempo em que o bagaço e a palha da cana-de-açúcar não passavam de estorvo nas usinas. O primeiro resíduo costumava ser usado como ração animal ou apodrecia no canavial, e apenas parte da palhada era reaproveitada para proteger o solo no plantio direto, técnica que reveste a terra para ela não ficar exposta à erosão e à perda de nutrientes. Mas, há 24 anos, as usinas Santo Antônio e São Francisco , em Sertãozinho, no nordeste de São Paulo, foram pioneiras ao mostrar para o país que esses renegados materiais tinham muito valor, especialmente o bagaço. Cerca de 900 mil toneladas dele permitem que as propriedades sejam autossuficientes em energia, com a geração de 50 mil quilowatts-hora. O diretor industrial Jairo Balbo trabalhava há oito anos na empresa – tempos depois, transformada em Organização Balbo – quando a família decidiu parar de desperdiçar tamanho potencial. “Nunca foi segredo que essa biomassa é uma poderosa fonte de energia ”, comenta.

Pode não haver mistério, mas o rico subproduto da cana ainda está longe de alcançar nobre utilização. Apenas 129 usinas das 432 instaladas no país empregam tal tecnologia. Segundo Suleiman José Hassuani, pesquisador do Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) , em Piracicaba (SP), os principais entraves estão no investimento para a troca das caldeiras de 20 bar (medida de pressão) para as de 65 bar, eficientes para esse tipo de produção por conta da alta pressão do equipamento; e no preço pago pelos leilões do governo federal (o mais recente foi de R$ 100 por megawatt-hora), distantes dos R$ 200 do custo de produção bancados pelo agricultor. Conforme dados da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) , apenas 2% do consumo nacional de energia é suprido pela bioeletricidade. Porém, a entidade não perde o otimismo ao projetar o aumento desse percentual para 15% até 2020, equivalente ao potencial de três usinas de Belo Monte.

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