Do controle de pragas ao estudo dos genes

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Milho sem aplicação da bactéria (à esquerda) e com o tratamento (à direita) | crédito: Daniel Prezotto Longatto
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Um estudo desenvolvido no Programa de Pós-graduação em Genética e Melhoramento de Plantas, da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP), avaliou a ação de uma bactéria promotora do crescimento em plantas de milho.

Segundo o autor do estudo, Daniel Prezotto Longatto, a Bacillus thuringiensis RZ2MS9 foi coletada na Amazônia e já foi alvo de outros estudos que mostraram que ela aumenta a produção do milho e da soja. “No nosso estudo buscamos entender melhor como essa bactéria faz isso, em três pontos principais”.

A pesquisa teve apoio da Coordenação de Aperfeiçomento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e, entre os benefícios observados, o autor evidencia que a ação da bactéria prejudicou as asas de mariposas do cartucho-do-milho, o que pode atrapalhar sua reprodução.

“Como esses cristais das bactérias não fazem mal para as pessoas, pode ser que no futuro essa bactéria seja usada nas lavouras para ajudar a matar essas pragas e usar menos inseticidas”. Além disso, a presença da bactéria aumentou tanto a quantidade de clorofila nas folhas quanto fez com que o milho produzisse mais raízes na estufa. “Encontramos genes ativados ou reprimidos que ajudaram a entender melhor como a bactéria conseguiu fazer o milho crescer melhor”, finaliza o pesquisador, que teve orientação da professora Maria Carolina Quecine Verdi.

Texto: Caio Albuquerque (28/01/2020)