Mutirão reuniu a comunidade esalqueana contra o Aedes aegypti

Na manhã desta quinta-feira, 14/04, funcionários do Campus Luiz de Queiroz, da USP de Piracicaba, reuniram-se para um mutirão para eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika vírus e febre chikungunya. A mobilização faz parte do programa de combate ao mosquito, lançado na semana passada pelas unidades do Campus (Prefeitura do Campus, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz-ESALQ e Centro de Energia Nuclear na Agricultura-Cena). (Assista)

Para o mutirão, foram mobilizadas cerca de 100 pessoas, entre professores, funcionários e estudantes, que se dividiram em 20 equipes para percorrer o campus. Em campo, os voluntários separaram lixo comum de recicláveis e registraram a presença de entulhos e sobras de construções. Foram coletados cerca de 100 sacos de 100 litros. Também preencheram uma ficha de prevenção e controle na qual indicaram sobre a existência de criadouros, os locais que merecem maior atenção e registraram providências e encaminhamentos para resolver o problema. Foram coletdas amostras de larvas para verificar a possível existência do Aedes aegypti. “A partir dessas anotações faremos um relatório que será encaminhado às unidades do campus”, conta a educadora ambiental Ana Meira, do USP Recicla.

Na parte da tarde, os agentes envolvidos na ação reuniram-se no Pavilhão de Química para um balanço dos trabalhos realizados pela manhã. Um dos funcionários que ajudou no mutirão foi Eduardo Giovani Arthuso, que atua na manutenção do Departamento de Agroindústria, Alimentos e Nutrição. “Nossa equipe recolheu 3 sacos de lixo reciclável, lonas de cobertura de material de construção e ainda identificamos pontos de contenção de água no telhado de um dos pavilhões”, conta.

Arthur Roberto Silva, do Serviço de Gerenciamento Ambiental e Resíduos Químicos, lembrou que o campus tem muita área verde que acaba camuflando a existência de criadouros. “A manutenção das áreas verdes é fundamental e também temos que observar aquelas áreas construídas desativadas pois ali onde ninguém está vendo pode conter vários pontos de acúmulo de água”.

Programa – O Programa de Combate ao mosquito Aedes Aegypti da USP de Piracicaba pretende estimular reflexões e iniciativas nas áreas de ensino, pesquisa, extensão e gestão. As ações envolverão a comunidade interna e externa do Campus, com ênfase em princípios de ciência e cidadania. Estão programados o lançamento de um portal que reúna informações sobre as ações do programa, bem como informe sobre pesquisas desenvolvidas na área, trabalhos publicados e dicas de saúde, prevenção e controle das doenças provenientes do mosquito. Também será lançado desafio, uma espécie de competição de caráter sociocultural, que reconhecerá ações e projetos que contribuam para a mobilização contra o Aedes aegypti.

Texto: Caio Albuquerque (14/04/2016)

Postado em: 
17/05/2016
Vinte equipes mapearam possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti (Crédito: Gerhard Waller - ESALQ/DvComun)