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Os atomizadores utilizam a energia centrífuga proveniente da alta rotação,
que por sua vez é gerada pelo fluxo do ar em voo.
Os tipos mais utilizados são os atomizadores de tela e os de discos. A vazão
de líquido nos atomizadores é ajustada por um sistema de orifícios variáveis
(unidade de restrição variável, ou VRU, do inglês “Variable Restrictor Unit”) e
pela pressão da calda no sistema hidráulico de pulverização. A intensidade
de fragmentação das gotas depende da rotação do atomizador, a qual é
definida tanto pelo ângulo de ataque das pás das hélices como pela própria
velocidade de voo da aeronave.
Assim como na maioria das pontas hidráulicas, a combinação correta do
tamanho de gotas e vazão pode ser obtida através de consulta a tabelas
fornecidas pelos fabricantes, de acordo com as características operacionais
da aplicação.
As pontas hidráulicas (usualmente de jato plano, cone cheio ou vazio)
podem ser montadas em suportes providos de dispositivos antigotejadores,
semelhantes aos de barras convencionais para aplicação terrestre. Em
alguns casos as barras ou os suportes podem ser angulados para frente
com relação à linha de deslocamento da aeronave.
Neste caso, o ângulo zero ocorre quando a ponta está virada totalmente
para trás, enquanto o ângulo 90º representa a ponta angulada para baixo.
Este ângulo serve para aumentar ou diminuir a fragmentação das gotas
(quanto maior esta angulação menor será o tamanho de gotas geradas, e
vice-versa).
As barras de aplicação podem oferecer inúmeras configurações quanto ao
número e a posição das pontas hidráulicas ou atomizadores fixados em
cada lado da aeronave.
Estas configurações são variáveis em função do comportamento dinâmico
do ar em volta da aeronave durante as aplicações, que é influenciado pela
velocidade de voo e pelos vórtices causados pela hélice e pela ponta
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