CASA DO PRODUTOR RURAL
ESCOLA SUPERIOR DE AGRICULTURA
“LUIZ DE QUEIROZ” – ESALQ/USP
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USP - ESALQ
CR 1400
RESPOSTA TÉCNICA
Título
Cultivo de mogno africano
(
Khaya
spp.).
Palavras-chave
Mogno africano, cultivo, rentabilidade, plantio, produção,
Khaya
spp.
Atividade
Silvicultura.
Demanda
Necessita de informações sobre o cultivo da espécie Mogno africano
(
Khaya
spp.).
Solução apresentada
Atualmente, o mogno africano consiste em uma das principais madeiras alternativas para
o cultivo no Brasil, apesar de ainda incipiente e tímido perante o mercado florestal
brasileiro.
Entretanto, devido ao grande valor de sua madeira, acaba por gerar notícias e
especulações grandiosas referente a sua rentabilidade, que ocorre após um período de
15 a 20 anos de crescimento, sendo cortado ao final de seu ciclo. O comércio da madeira
de mogno africano, proveniente de sua região de origem natural, é extraordinário, devido
às características tecnológicas e a beleza de sua madeira a qual é utilizada na indústria
moveleira, construção naval e em sofisticadas construções de interiores. O mercado
europeu é o principal consumidor desta madeira.
O mogno africano (
Khaya ivorensis
A. Chev.) é natural da Costa do Marfim, Gana, Benin,
Nigéria e sul de Camarões onde ocorre desde 0 a 450 m de altitude, normalmente em
vales úmidos. Seus indivíduos suportam inundações durante o período de chuvas,
entretanto, é muito sensível ao período de estiagem.
Segundo estimativas, uma árvore de mogno africano, ao atingir o ponto de corte, em
torno de 15 a 20 anos, poderá alcançar o valor de US$ 2.000,00, não existindo outro
produto agrícola que a supere, sendo uma das espécies atualmente preferidas pelos
reflorestadores no Estado do Pará. Entretanto, deve-se lembrar que este valor baseia-se
em uma prospecção, não havendo um valor de mercado já estabelecido, podendo obter
variações significativas em seu preço final de venda. Essa espécie, aos sete anos de
idade, pode alcançar altura de 12 m, correspondente à primeira ramificação da copa e
diâmetro a altura do peito (DAP) de 22 cm.
A revista Globo Rural edição 297 de julho de 2010, na seção Como Plantar, consultou o
Engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa Amazônia Oriental Urano de Carvalho