Diversidade de espécies arbóreas foi capaz de atuar em processos tanto acima quanto abaixo do solo

Autor: 
Marina Melo Duarte
Orientador: 
Pedro Henrique Santin Brancalion
Programa: 
Recursos Florestais
Curso: 
Doutorado
Data da defesa: 
seg, 02/07/2018 - 08:00

 

Biodiversidade otimiza processos ecológicos

Um estudo desenvolvido no Programa de Pós-graduação em Recursos Florestais, da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP) destaca que um número de espécies considerado muito alto, cerca de quatro vezes mais alto que o usualmente usado em trabalhos de BEF (Biodiversidade e Funcionamento de Ecossistemas) em florestas, foi capaz de influenciar determinados processos ecológicos e funções ecossistêmicas.

A autoria é de Marina Melo Duarte, com orientação do professor Pedro Henrique Santin Brancalion, do departamento de Ciências Florestais, e colaboração das professoras Catherine Potvin (McGill University) e Simone Vieira (Unicamp). “A pesquisa utilizou florestas tropicais em processo de restauração para verificar como o número de espécies influencia algumas funções ecossistêmicas e processos ecológicos”, conta a autora.

O estudo foi desenvolvido na Estação Experimental de Ciências Florestais de Anhembi, da Esalq, em experimento instalado pelo professor José Luiz Stape e pelo funcionário João Carlos Teixeira Mendes e, segundo Marina, há uma tendência atual de expandirmos os estudos de BEF para florestas, que são sistemas mais complexos e têm fundamental importância, entre os ecossistemas terrestres, no estoque de carbono, assunto tão comentado atualmente no contexto de necessidade de mitigação de mudanças climáticas. “Daí uma das importâncias deste trabalho, já que restaurar ou conservar florestas mantendo alta diversidade pode favorecer seu estoque de carbono e outros serviços ecossistêmicos”, finaliza.


Texto: Caio Albuquerque (DvComun)

Marina Melo Duarte
Fotos: acervo pessoal de Marina Melo Duarte