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Veículo: A Tribuna Piracicabana Data: 29/11/2011
Link: http://www.tribunatp.com.br/modules/news/article.php?storyid=10772 Caderno / Página: - / -
Assunto: As chances de Roberto Felício
As chances de Roberto Felício
Erich Vallim Vicente
Como era previsto, o ex-deputado estadual Roberto Felício foi eleito o candidato a prefeito pelo PT Piracicaba, durante convenção neste domingo, 27. Dos 229 votos, ele obteve 155 (68,58%), mais do que o dobro do concorrente, o professor da Esalq, Paulo Kageyama (71 votos, 31,42%). Ao mesmo tempo em que legitima a vontade majoritária da legenda local, a eleição oferece um olhar mais apurado sobre o tamanho das divergências internas. Embora não seja consenso, Felício é, de fato, hoje o petista mais bem preparado para enfrentar o candidato à sucessão pelo PSDB, representante de uma administração muito bem avaliada.
Mas quais são as reais chances de Felício em 2012? Ninguém, em política, arriscaria dizer que essas chances são “nulas”. Até porque, como se sabe, há diversos ditos populares que aconselham cautela e procuram afastar o otimismo exagerado. Por outro lado, todos sabem, sobretudo o PT, a dificuldade de derrubar a boa cotação da administração Barjas Negri que, outro fato, é sem precedente na história piracicabana. Embora já haja bordões do tipo “menos pontes, mais educação”, ainda não está claro se esse discurso irá “pegar”, servirá como restilo de pólvora capaz de queimar os últimos mandatos tucanos.
Diferente de 2008, o PT Piracicaba não estará sozinho ano que vem. Depois do ex-prefeito José Machado, o ex-deputado estadual Roberto Felício talvez seja o petista com domicílio eleitoral na cidade que exerce maior influência entre petistas de alto calibre, hoje acomodados no governo federal. Então, é bem possível que a eleição de 2012 seja mais ‘federalizada’ do que a anterior, com um PT mais disposto a mostrar o que fez, enquanto União, no município. Sem dúvida, será um PT buscando um pouco da fatia do mérito sobre o bom momento econômico da cidade. Aí, de fato, reside um trunfo do PT para as eleições de 2012.
Porém, não é tão simples traduzir ações federais em benefícios locais para a população e parece ser muito pouco ter, apenas, como arma algo que está tão longe do imaginário do piracicabano como Brasília e o governo federal. Assim, mesmo com uma ligação mais forte com o PT Nacional, o diretório municipal precisa construir uma aliança sólida, não só com os partidos, mas especialmente com a outrora forte base comunitária do PT, com suas lideranças de bairro, para formar um batalhão em prol do seu discurso e de suas propostas. Só se refizer o diálogo com os representantes de localidades remotas do município, onde sempre estão as maiores deficiências administrativas, é que Felício terá alguma chance.
Há, ainda, outro fator, e que, se o PT quer disputar “de igual para igual”, precisa saber explorar: a indefinição do outro lado. Com seis pré-candidatos a prefeito, denominados pelo próprio chefe do Executivo, o PSDB fica “paralisado” na formação de sua aliança. Apesar da boa avaliação, partidos e políticos querem, hoje, saber o que virá depois de 2012, e para isso precisam de uma figura, de um projeto definido, o que, ainda, o PSDB não tem. Aliás, é sempre bom lembrar que, em grande parte, a derrota de José Serra deveu-se à indefinição semelhante no plano nacional. Então, hoje, Felício tem chance, é claro, e ela reside no fato de que, até março, pelo menos, ele poderá atuar sem nenhum concorrente.
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