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Produção da Pecuária Municipal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgada em setembro. "Há muito espaço para crescer", comemora Guerra.

No Brasil, os cavalos de raça estão distribuídos entre 23 associações de criadores. E há cavalos para todos os gostos, desde o turfe, passando por animais de cavalgada, como o Mangalarga Marchador, de exposição, como o Árabe, e os de hipismo. Além desses, há outros bem versáteis, como o Quarto de Milha, raça com o maior plantel no país.

Com 25 mil animais, a raça PSI, uma das mais tradicionais do mundo, passou por sérias dificuldades nos últimos anos, ocasionadas pela longa crise dos hipódromos do país, que se arrasta desde os anos 1990. Segundo o gerente da Associação Brasileira dos Criadores de Cavalos de Corrida (ABCCC), Ricardo Ravagnani, "o mercado de PSI depende das corridas nos hipódromos".

Apesar dos problemas, a situação começou a mudar, conforme revela o presidente do Jockey Club de São Paulo. Segundo o clube paulistano, o movimento geral de apostas cresceu 12% nos primeiros nove meses deste ano frente ao mesmo período de 2010, alcançando R$ 84,8 milhões. De olho no bom momento desse mercado, o clube prepara o lançamento de uma campanha para atrair novos proprietários de Puro Sangue Inglês - o preço médio de um potro inédito (com até dois anos), o mais comercializado, é de R$ 32 mil.

Caso o PSI consiga aproveitar o momento do segmento, seguirá a trilha do Quarto de Milha, raça mais difundida do país, com 373,1 mil animais, que apresentou crescimento de 32,2% nas receitas apuradas nos leilões da raça. De origem americana, o Quarto de Milha, assim chamado por ser o equino mais rápido em 402 metros (equivalente a 1/4 de milha), é o cavalo oficial da vaquejada e do laço. Em média, vale R$ 28,5 mil.

Na segunda posição entre as raças mais difundidas do país, com 271,1 mil animais, está o Crioulo, cavalo-símbolo do Estado do Rio Grande do Sul. Em 2010, os leilões da raça tiveram incremento de 24% sobre o ano anterior, chegando a R$ 75,6 milhões, a uma média R$ 15,4 mil por animal, de acordo com a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos.

Típico de cavalgada, o Mangalarga Marchador, presente principalmente em Minas Gerais, também se beneficia dos bons ventos. "Estamos numa fase extraordinária, com nossos animais alcançando valores de elite, de até RS 2,5 milhões", comemora Magdi Shaat, presidente da Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador. Com um valor médio de R$ 35 mil por animal, a raça tem plantel estimado em 150 mil.

Símbolo da Ferrari e protagonista de filmes como o "Corcel Negro", os cavalos da raça árabe são reconhecidos por sua beleza e resistência. Por suportarem frio e calor intensos, foram utilizados por muito tempo como cavalos de guerra - atualmente, são bastante usados em exposições de beleza. Comenta-se que foram os únicos cavalos que sobreviveram à incursão de Napolão Bonaparte à Sibéria, no século XIX.

Com 26,5 mil animais, segundo maior plantel mundial da raça, o Brasil era um dos principais exportadores do cavalo árabe até a crise de 2008 - que, aliada ao "boom" do mercado interno, fez do país "cada vez mais comprador", explica Luciano Cury, diretor da Associação Brasileira de Criadores do Cavalo Árabe. Segundo ele, os leilões anuais da raça movimentam R$ 50 milhões. O preço médio de um cavalo árabe gira em torno de R$ 40 mil.

Autor: Luiz Henrique Mendes. Fonte: Valor Economico

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