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Roberto de Melo Godoi, intitulada "ALGEMA- Sistema computacional para álgebra de matrizes". Em 1991, ingressei no doutorado do mesmo programa e com o mesmo orientador. Em 1996, defendi a tese intitulada " Planejamento de uma fazenda em condições de risco: Programação linear e simulação multidimensional" (clique aqui para abrir) . O contato com os modelos AMMI veio em 2001 por ocasião do pós-doutorado realizado no Departamento de Matemática da Universidade de Exeter, Ingaterra sob a supervisão do Prof. Woijtek Krzanowski.

Para trabalhar com o modelo AMMI é necessário um grande suporte computacional. Atualmente isso é possível apenas usando o SAS?

CARLOS DIAS: O SAS, no seu módulo IML, foi o ambiente de programação que utilizei no pós-doutorado, mas hoje existem outros ambientes como o R com sua rotina AGRICOLAE e programas prontos, como o "GGE Biplot Analysis: A Graphical Tool for Breeders, Geneticists, and Agronomists " Yan e Kang.

O senhor ministra suas aulas disponibilizando os códigos em R e SAS ao mesmo tempo. Por que isso é importante para o aprendizado do aluno?

CARLOS DIAS: O SAS é um sistema computacional pago que está presente nas principais empresas, universidades e bancos do mundo inteiro. O R é um sistema computacional livre que pode ser baixado a qualquer momento pelo profissional de Estatística e utilizá-lo da mesma forma. Assim, nossos alunos saem preparados para enfrentar qualquer situação profissional.

Qual é a importância de eventos que tratam do uso da Estatística na Agronomia como, por exemplo, o SEAGRO?

CARLOS DIAS: Para estudantes e profissionais de Estatística é um momento de aprendizagem, solucionar dúvidas, pela presença nos minicursos, palestras e contato com profissionais e professores especializados. O SEAGRO é um encontro daqueles profissionais que atuam no meio acadêmico e de pesquisa agropecuária. A atualização dos conhecimentos e novas idéias de pesquisa em Estatística voltada para essa área surgem muitas vezes nesse celeiro do conhecimento que é o evento científico, onde muitas dissertações e teses começam a ser definidas e outras resolvidas.

Fale um pouco sobre a criação do curso com ênfase em Biometria e Estatística Experimental. Quais são os principais tópicos que serão abordados.

CARLOS: O departamento de Ciências Exatas da ESALQ/USP-Piracicaba, na sua área de estatística está propondo um curso de bacharelado em estatística com ênfase em Estatística Experimental e Biometria, trazendo um conhecimento e experiência de sua pós-graduação com mestrado e doutorado, agora para a graduação. Será um curso noturno com 30 vagas e já estamos bem adiantados na sua proposta e projeto pedagógico. Por estarmos num campus agro-biológico é natural que esse curso de estatística tenha sua ênfase voltada para a experimentação agro-biométrica.

A importância da Biometria cada vez aumenta mais. Qual é a perspectiva do uso dessa ciência?

CARLOS: A biometria já nasceu forte com Ronald Fisher que trabalhou na estação de agricultura de Rothamsted nos arredores de Londres. Ele colocou a estatística a serviço da biometria e desenvolveu e fundamentou os princípios básicos da experimentação e da Análise da Variância trabalhando justamente numa área aplicada como foi em Rotamsted. De lá para cá a biometria cresceu muito, tendo hoje uma Sociedade Internacional de Biometria (IBS) com várias regiões de Biometria como é a RBRAS.

Qual é a importância das ferramentas de programação estatística para quem lida com estatística experimental?

CARLOS: Dado o volume grande de pesquisas experimentais que são realizadas em todas as áreas do conhecimento humano e portanto em todas partes do mundo, não se concebe hoje um estatístico sem conhecimento de uma ferramenta de programação estatística para explorar e analisar os dados dessa vultuosa massa de dados. Há artigos que dizem que o próximo gênio da humanidade será um estatístico e será aquele que souber tirar boas informações de grandes bancos de dados.

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