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informação; gerenciamento do risco, inclusive financeiro; diversificação de mercados (internos e externos); gestão de recursos hídricos; aumento da demanda por agroenergia e biomateriais; e elevação do nível educacional da população, refletindo na maior adoção de tecnologia no campo.

O breve raio-X acima a respeito do mercado de trabalho para o segmento de logística agroindustrial faz parte dos apontamentos que serão expostos por seus autores no 10º Seminário Internacional em Logística Agroindustrial (Sila) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq/USP, campus Piracicaba, SP).

Agendado para o próximo dia 25, e com promoção do Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial, o Esalq-LOG, a edição do evento anual que se aproxima tem como objetivo expor as facetas do perfil profissional procurado para o preenchimento de cargos governamentais e em empresas privadas, e como as universidades têm e devem contribuir com a logística para o agronegócio.

Sob o tema "Logística: Qual a formação profissional ideal?", o Grupo Esalq-LOG reúne no 10º Sila importantes porta-vozes da ANTT, EPL, Rumo Logística, Timac Agro, Universidade de San Diego (EUA), Ufscar e Escola Politécnica da USP.

“Frente à importância indiscutível do agronegócio para o equilíbrio das contas externas brasileiras, o funcionário, do setor público ou privado, e, também, a academia, estão no olho do furacão para solucionar os problemas relacionados à logística para a toda a cadeia”, observa a coordenadora do Sila, a professora do Esalq-LOG, Daniela Bacchi.

Dados do PIB (Produção Interna Bruta) nacional mostram que a agricultura tem peso médio de 25% e, conforme o Ministério do Trabalho, o setor emprega 37% dos trabalhadores no país. Assim, a professora Daniela destaca que o profissional atual da área de logística agroindustrial defronta-se hoje com um mercado esteio da economia nacional, mas que sofre com entraves severos dentro e fora da porteira.

Em entrevista exclusiva, o palestrante do painel destinado à academia no 10º Sila, Joel Sutherland, diretor do Supply Chain Management Institute, da norte-americana Universidade de San Die, faz uma constatação relevante à saúde financeira nacional: “a infraestrutura da logística é e sempre foi a chave da prosperidade da indústria”.

Sutherland lembra que o Brasil tem regredido no assunto, já que em 2012 o Banco Mundial colocou o sistema logístico nacional na quadragésima quinta posição, frente ao posto de número 41 atribuído no mesmo ranking em 2010.

De acordo com Evandro Luis Moraes, diretor de logística e compras da Timac Agro e palestrante do 10º Sila, o custo-Brasil por tonelada carregada até o porto é de US$ 23,50, enquanto que na nossa vizinha Argentina o cálculo totaliza US$ 16 a tonelada e, nos EUA, o preço é de US$ 15,50.

Moraes aponta que a matriz do transporte brasileiro está distribuída em 24% para o modal ferroviário, 62% correspondem ao rodoviário e, 14%, para hidroviário. Nos EUA, os índices são 43%, 32% e 25%, respectivamente, informa o diretor de logística.

Joel Sutherland recomenda ao Brasil um olhar mais focado na qualificação da cadeia de investimentos em todo o setor. “É preciso envolver plenamente questões e desafios relacionados à infraestrutura, entendendo as deficiências apontadas em rankings internacionais, sendo pensadores e planejadores estratégicos, obtendo um entendimento completo de trocas modais e buscando sempre a excelência na análise e coleta de dados relevantes.”

Para o diretor do instituto norte-americano, as universidades podem providenciar as ferramentas citadas, “mas somente se houver um completo entendimento, conhecimento e conjunto de habilidades necessárias que alinhem o seu currículo para corresponder a essas necessidades”.

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