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USP ESALQ – A SSESSORIA DE C OMUNICAÇÃO Veículo: Milk Point

Data: 13 de novembro de 2014

Caderno/Link: http://www.milkpoint.com.br/radar-tecnico/animais-jovens/conceitos-atualizados-e-novas-tecnologias-em-criacao-de-bezerras-e-novilhas-parte-2-92122n.aspx#comente

Assunto: Conceitos atualizados e novas tecnologias em criação de bezerras e novilhas – Parte 2

Conceitos atualizados e novas tecnologias em criação de bezerras e novilhas - Parte 2

No radar anterior discutimos sobre os métodos de monitoramento da eficiência dos protocolos de colostragem, seja através da estimativa da qualidade do colostro ou na avaliação de transferência de imunidade passiva. Embora ainda seja uma prática negligenciada por muitos produtores, os resultados em campo mostram claramente que somente animais saudáveis respondem a programas de alimentação mais intensivos, os quais ganharam espaço recentemente.

Num breve histórico da evolução dos programas de aleitamento, antes de 1950 era comum o fornecimento de 8L de leite por dia, quando então se iniciou a pesquisa com frequência e volume de fornecimento. Estes estudos levaram ao desenvolvimento da prática de desaleitamento precoce, com vistas na redução de custo de produção. Depois de poucos anos já era disseminada a ideia de fornecimento de volumes restritos de leite, com o objetivo de estimular o consumo de concentrado e consequentemente o desenvolvimento ruminal, possibilitando o desaleitamento de bezerros em idades mais jovens. Nesta época também foram desenvolvidos os primeiros sucedâneos, que com problemas em suas formulações, se beneficiaram desta recomendação de fornecimento restrito. Assim, o manejo alimentar para o desaleitamento precoce passou a ser largamente empregado por seus benefícios no consumo de concentrado, na redução do custo de produção e na facilidade de manejo. No entanto, com a redução no volume de fornecimento da dieta líquida, são obtidos animais saudáveis ao desaleitamento, mas os mesmos apresentam menor peso corporal. Embora o menor fornecimento de dieta líquida estimule o consumo de alimento sólido, nem sempre esta compensação ocorre a contento para que o desempenho seja semelhante aquele observado com o fornecimento de maior volume de dieta líquida.

No sistema de aleitamento convencional, com o fornecimento de 4L de dieta líquida por dia, o consumo de energia é bastante baixo, o que faz com que após o atendimento das exigências de manutenção do animal, sobre muito pouco para que ele ganhe peso. Quando o consumo de concentrado participa de forma significativa no consumo de alimento total, esta situação pode ser diferente. Podem ser observadas taxas de ganho de peso satisfatórias quando o aleitamento convencional está associado a boas formulações de concentrado inicial e o consumo de alimento sólido é maximizado. No entanto, dados recentes da literatura mostram que bezerras com maiores taxas de ganho de peso durante o aleitamento se tornam vacas com maiores produções de leite por lactação. Este fato põe em cheque a vantagem econômica do aleitamento convencional. Se por um lado estamos economizando durante o aleitamento, por outro estamos deixando de ganhar mais durante a vida produtiva do animal. Assim, surgiram diversos programas alimentares com fornecimento de maiores volumes de dieta líquida, tendo como objetivo o desaleitamento de animais mais pesados e com potencial de produção futuro de leite aumentado.

Existem basicamente três tipos de programas intensivos de aleitamento: 1) ad libitum: fornecimento a vontade de dieta líquida; 2) intensivo: fornecimento de até 20% do peso do animal; e 3) programado ou step-down: com fornecimento de volumes variáveis, sendo normalmente menor na semana(s) que antecede(m) o desaleitamento. Com o fornecimento de maiores volumes muitas vezes o manejo alimentar tem que ser alterado com o fornecimento de maior número de refeições ou adoção de sistema de aleitamento automático ou fornecimento em containeres.

São inegáveis os efeitos positivos do maior fornecimento de dieta líquida no ganho de peso dos animais quando esta é de boa qualidade. No entanto, o consumo de concentrado pelo animal é negativamente afetado, o que dificulta o processo de desaleitamento, podendo reduzir o ganho de peso na fase subsequente. Neste aspecto, a adoção do programa de aleitamento programado, com fornecimento de maiores volumes no início seguido de redução para estimular o consumo de concentrado, tem trazido

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