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"Naquela época, alguns deles apresentavam alta eficiência de controle, mesmo quando usados

isoladamente", lembra Godoy. "Atualmente os produtos isolados não apresentam boa eficiência. Por isso, recomendamos a utilização de misturas comerciais de fungicidas com diferentes mecanismos de ação".

A partir da safra 2013/2014, foram registradas as primeiras misturas de fungicidas com o grupo SDHI para a cultura da soja.

"Agora toda a cadeia produtiva precisa realizar um esforço para prolongar a vida útil desse terceiro grupo, por meio da adoção de estratégias antirresistência", enfatiza Godoy

O que fazer?

As estratégias antirresistênica foram definidas pelo Consórcio Antiferrugem. Entre as recomendações, Godoy enfatiza a necessidade do produtor realizar o manejo para a ferrugem envolvendo diferentes ações.

A primeira delas é a adoção do vazio sanitário. O vazio é uma medida fitossanitária que proíbe o cultivo de soja no campo na entressafra para reduzir a presença do fungo causador da doença no ambiente e evitar seu aparecimento precoce.

O Consórcio também recomenda a semeadura antecipada de soja. Isso porque apesar da média de aplicação de fungicidas ser de 3 pulverizações por hectare, nas primeiras semeaduras são feitas entre 1 e 2 aplicações.

Nas semeaduras tardias e na safrinha de soja, que recebem o fungo das primeiras semeaduras, são registradas entre 4 e 8 aplicações de fungicidas para o controle da doença.

"Esse excesso de aplicações, além do alto custo, exerce uma pressão de seleção para populações resistentes e essa situação deve ser evitada", salienta Godoy.

Outra indicação importante é seguir a recomendação dos fabricantes quanto à dose e aos intervalos indicados para rotacionar os produtos químicos.

"O que percebemos muito no campo é que a redução de doses e o uso de subdoses favorece a resistência", salienta a pesquisadora.

Uma das tentativas de minimizar o problema partiu do Estado do Mato Grosso. Em outubro de 2014, o estado publicou uma instrução normativa, antecipando em 45 dias o período estabelecido para o cumprimento do vazio sanitário.

O vazio sanitário no Mato Grosso passa a ser de 1 de maio até 15 de setembro e não mais de 15 de junho a 15 de setembro.

Em Goiás, a Agência Goiana de Defesa Agropecuária (Agrodefesa) estabeleceu, em novembro de 2014, um calendário para a semeadura da soja no estado. A partir de então, a soja só poderá ser semeada, em Goiás, entre 1 de outubro e 31 de dezembro.

Essas duas estratégias (aumento do vazio e calendarização do cultivo) tem como objetivo restringir a janela de semeadura, evitando as situações em que são necessários um número maior de aplicações de fungicidas.

"Após a entrada do fungo causador da ferrugem no País, a cultura da soja tornou-se dependente de fungicidas para obtenção de altas produtividades.

Se os fungicidas continuarem tendo redução de eficiência, isso poderá reduzir a produtividade do Brasil", alerta Claudia Godoy.

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