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O Rio Atibaia, no seu trecho em Campinas, está praticamente seco. Apenas cerca de 0,7 m3/s está descendo o rio, após o ponto de captação da Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento (Sanasa), próximo da Rodovia D. Pedro. Cerca de 5 m3/s chegam na captação e ali 4,1 m3/s estão sendo retirados para abastecer 95% da população da cidade. O que sobra, não consegue dar vazão no rio, que tem a pouca água praticamente parada.
Sumaré
O presidente do Departamento de Água e Esgoto (DAE) de Sumaré, Valmir Ferreira da Silva, fez um apelo para que a população da cidade economize ao máximo a água tratada e distribuída pela autarquia. Atualmente, cerca de 60% da população sumareense é atendida por água captada no Rio Atibaia, que vem das represas do Cantareira.
O Rio Atibaia, onde localiza-se uma das captações de Sumaré, já está com a vazão comprometida e com o menor nível de água já registrado no Verão. O Atibaia e o Jaguari, que formam o Piracicaba, estavam no início desta semana com 18% e 33%, respectivamente, do volume das médias históricas para este período do ano.
O risco de desabastecimento vem do atual período atípico de seca na Região Sudeste do Brasil em pleno Verão, que deveria ser o período mais chuvoso do ano, somado aos constantes recordes de calor - o que aumenta o consumo de água tratada. Na última sexta-feira, dia 31 de janeiro, a temperatura na cidade chegou à marca de 38 graus, aliada a uma baixa umidade do ar. E as previsões indicam que o tempo continuará seco nas duas primeiras semanas de fevereiro, pelo menos.
Tudo isto faz com que "saia" mais água do que "entra" nos rios e represas. A seca já levou municípios da Região Metropolitana a iniciar, desde a semana passada, campanhas para economia de água, alertando a população para que, na continuidade da estiagem, poderá ocorrer racionamento.
"Estamos em uma situação atípica e extrema, a maior seca registrada nos últimos dez anos, que traz a possibilidade iminente de racionamento de água para praticamente todas as cidades da nossa região. Hoje, em Sumaré, já estamos com esta necessidade de fecharmos o cerco ao uso irresponsável, abusivo e ao desperdício da água", afirmou Silva.
Piracicaba
Durante o mês de janeiro, choveu apenas 68 milímetros, sendo que a média histórica é de 335 milímetros para este período. Em medição feita às 7h desta terça-feira (4), a vazão era de 19,3 metros cúbicos por segundo e o nível era de 0,99 metro.
Em janeiro do ano passado, esses números eram, respectivamente, 119,96 m3/s e 2,07 metros. Segundo Luiz Roberto Moretti, diretor do Daee e secretário-executivo do PCJ, desde 1964 não se via uma vazão tão baixa. Para ele, a situação é bastante preocupante e exige cuidados da parte de quem utiliza a água das bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí.
"Devem utilizar a água com racionalidade, evitando o desperdício. É uma situação atípica, anormal. Se não tivermos a reposição do regime normal de chuvas, poderemos ter problemas muito sérios quando chegarmos ao meio do ano", alerta Moretti, se referindo à época da estiagem.
Uso racional
"Se não fizermos uso racional, teremos de racionar e assim a situação fica mais complicada", enfatiza. E a previsão de chuvas para mudar esse cenário não é nada animadora. De acordo com o professor do Departamento de Engenharia e Biossistemas (LEB) da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), Fábio Marin, deve começar a chover timidamente só daqui a uma semana.
"E a previsão aponta 2 milímetros por hora, cerca de 15mm a 20 mm por dia. É algo que não resolve a situação para o rio", observa ele. Mas fazer previsões exatas dez dias à frente é uma tarefa difícil, avisa.
A reportagem do Grupo RAC percorreu alguns trechos do Rio Piracicaba na tarde desta terça-feira, do salto até a Ponte do Morato. O fotógrafo Del Rodrigues entrou no Piracicaba um pouco acima da Ponte
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