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USP ESALQ – A SSESSORIA DE C OMUNICAÇÃO Veículo: Diário do Engenho

Data: 07/01/2014

Link: http://www.diariodoengenho.com.br/distribuicao-de-renda-ainda-e-um-problema-no-norte-do-pais/

Assunto: Distribuição de renda ainda é um problema no norte do país

Distribuição de renda ainda é um problema no norte do país

Estudando a distribuição de renda do Brasil desde 2009, o doutorando em Economia Aplicada, Flávio Braga de Almeida Gabriel, realizou, na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ), um estudo sobre a distribuição de renda na Região Norte do país.

“Existem muitos trabalhos tratando da região nordeste – por ela ser a mais pobre, mas sobre a região norte – a segunda mais pobre do país, pouco foi estudado”, explica Gabriel.

Orientado por Rodolfo Hoffmann, professor do Departamento de Economia, Administração e Sociologia (LES), o pesquisador calculou os índices de Gini,

Mehran e Piesch, que serviram para mensurar a desigualdade da distribuição da renda entre os indivíduos da população da região norte, no período de 2004 a 2012. “A base de informações foram os microdados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD)”.

Segundo o estudo, houve queda sistemática dos índices de concentração da renda domiciliar per capita no Brasil como um todo, porém, a região norte não

acompanhou de perto essa queda. Para explicar esses resultados, Gabriel decompôs os índices conforme parcelas da renda.

“Dois pontos são importantes para o entendimento de como as parcelas da renda contribuem para o aumento ou diminuição da desigualdade. O primeiro é a participação da parcela na formação da renda – o quanto que determinada

parcela participa na renda total. O segundo é a progressividade ou regressividade dessa parcela”, explica. Ainda segundo o pesquisador, uma

parcela progressiva diminui a desigualdade da renda e uma regressiva aumenta a desigualdade. “Dessa forma, a contribuição de uma parcela para a desigualdade da distribuição de renda cresce com sua participação na renda total e com seu grau de regressividade. Uma parcela progressiva, por outro lado, contribui para reduzir a desigualdade”, completa.

Por meio do estudo, é possível compreender o efeito destas parcelas no índice de concentração da renda, ao observar que a parcela referente aos rendimentos de funcionários públicos e militares foi responsável por 16,4% da renda domiciliar per capita total da região norte, em 2012. “Essa parcela se destacou por aumentar a desigualdade da renda, o que significa dizer que o rendimento dos funcionários do setor público da região norte contribui mais

para aumentar a desigualdade de renda dessa região em comparação com a mesma parcela para o Brasil como um todo”.

Em contrapartida, a pesquisa apresenta a parcela que se destacou por diminuir

a concentração da renda na Região Norte. “A parcela composta pelo que a PNAD define como outros rendimentos, incluindo o proveniente do Bolsa Família, teve a maior progressividade. Além disso, aumentou sua participação na formação da renda total de 1,9% em 2004, para 4,1% em 2012. Tais condições fizeram dessa parcela a responsável por 56,7% da queda do índice de Gini de 2004 a 2012″.

Outro fator observado, que influencia os índices de desigualdade de renda, é a dispersão de escolaridade. “Tanto o Brasil quanto a região norte registraram

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