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O prefeito se reuniu com Guillo para obter garantias de que a vazão mínima de 3 m3/s, definida em outorga do Cantareira, seria garantida e também para abortar o pedido da Sabesp. "A proposta da Sabesp é inadmissível. Tirar 1,5 m3/s de São Paulo é reduzir a vazão em 4,5%. Tirar de nós, é reduzir pela metade, o que colocaria Campinas e a maioria das cidades da região em colapso no abastecimento", disse.
Jonas afirmou, após reunião com Guillo, que conseguiu abortar a pretensão da estatal e teve a garantia do governo do Estado de que a demanda não seguirá em frente. O prefeito informou que assim que soube da proposta da Sabesp, entrou em contato com o secretário da Casa Civil, José Aparecido. "Ele me disse que o Palácio não tinha conhecimento da proposta feita pela Sabesp e garantiu que ela não seguirá em frente", afirmou.
Do sufoco ao caos
Procurada nesta quarta-feira (5), a Sabesp informou apenas que "o envio de água do Sistema Cantareira para a região de Campinas segue a outorga definida pela ANA e pelo DAEE. A Sabesp cumpre as determinações desses órgãos".
Para o diretor do Consórcio das Bacias PCJ, uma associação de usuários de água, Francisco Lahoz, a proposta da Sabesp levaria a região de Campinas a uma situação de calamidade. "Com 3 m3/s já trabalhamos no sufoco para garantir o abastecimento. Com 1,5 m3/s seria o caos", afirmou.
O presidente da ANA afirmou que é preciso ter calma nas decisões neste momento de seca, reservatórios baixos, consumo alto e poucas perspectivas de chuva. "Temo que esperar mais um pouco, ver como os reservatórios irão responder e tentar garantir as vazões mínimas para o PCJ e para São Paulo", disse.
Recomendação
Na semana passada, na reunião da Câmara Técnica de Monitoramento Hidrológico (CT-HM), o Ministério Público Estadual e o Federal recomendaram que a câmara enviasse moção à ANA e Daee, para desconsiderar as regras de operação da outorga do Cantareira que estabelece a existência de banco de água formado pela poupança das bacias, para evitar o agravamento da escassez hídrica e o desabastecimento da região. Os promotores enviaram ontem a recomendação aos dois órgãos gestores do Cantareira.
A região de Campinas zerou seu banco de água e São Paulo tem grande quantidade armazenada e vem utilizando para completar a vazão primária de 24,8 m3/s. Ontem a Grande São Paulo estava recebendo 31,9 m3/s, graças a poupança existente no banco de água.
Reunião
O Consórcio PCJ vai reunir hoje o Grupo de Eventos Extremos da entidade para discutir a crise hídrica que está ocorrendo na região por causa da forte estiagem que atinge o Sistema Cantareira, principal fonte de água para a região de Campinas. Na reunião também será debatida a renovação da outorga do Sistema Cantareira, que tem prevista duas audiências públicas na próxima semana, para avaliação da proposta da Agência Nacional de Águas (ANA)
A estiagem afetou intensamente a capacidade de armazenamento do Sistema Cantareira, complexo de represas nas cabeceiras das Bacias PCJ que respondem pelo abastecimento de 9 milhões de pessoas na Grande São Paulo e outros 5,2 milhões nas Bacias PCJ. Atualmente, o Cantareira opera a 20,9% da sua capacidade de armazenamento, um dos piores índices da sua história.
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