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« Previous Page Table of Contents Next Page »por manchas de solo em um mesmo terreno, onde cada mancha recebe uma quantidade pré-estabelecida de água.
Segundo o professor, este conceito é considerado moderno, pois contraria o que ainda é pensado na agricultura – que todas as plantas são iguais. Apesar de ser novidade, já existe tecnologia voltada para este novo método de irrigação sendo aplicada no campo. Microtubo
Desenvolvido na Esalq sob orientação do próprio Botrel, o microtubo de comprimento variável é um método de irrigação que visa a economia de água. Acessível ao produtor e já aplicado em várias culturas, a tecnologia permite que a vazão de água no momento da irrigação por gotejamento seja uniforme em cada parte do terreno, independente do desnível ou da perda da pressão por conta da energia de atrito durante a passagem da água dentro do tubo.
“A vazão uniforme se dá porque, para cada necessidade, o microtubo tem seu comprimento ajustado. Adaptando cada planta a um microtubo diferente, mesmo com a variação da pressão devido a algum desnível, todas as partes do terreno recebem a mesma quantidade de água. Essa é a maneira que encontramos para manter uma irrigação uniforme”, explica.
O professor afirma ainda que, além da economia de água, o baixo custo também é um benefício. “O microtubo é mais fácil de adquirir e de construir do que o gotejador tradicional. Então temos a economia de água aliada à redução de custos”. Campus sustentável
Luiz Fernando Novello, especialista em gerenciamento ambiental e funcionário do Departamento de Engenharia de Biossistemas, realizou uma pesquisa abrangendo o campus “Luiz de Queiroz” da USP, em Piracicaba, para avaliar o potencial da captação de água de chuva para fins não potáveis no período de outubro de 2013 a março de 2014. Observando o tamanho significativo da maioria dos telhados dos prédios do campus, o objetivo foi identificar o quanto estes telhados – em teoria – seriam capazes de captar água da chuva.
Segundo Novello, para chegar ao resultado, foi necessário avaliar três fatores – a área de captação, a precipitação local e a demanda dessa água de chuva. “Minha demanda por água foi a de fins não potáveis, que são as utilizadas em vasos sanitários, mictórios, irrigação de jardim, lavagem de calçada, tratores, maquinários agrícolas e irrigação de pequenas estufas, e também na parte de laboratórios, para fins de uso em destiladores”, explica.
Para avaliar a área de captação, o especialista utilizou as plantas baixas de vários prédios do campus. Para avaliar a precipitação, Novello fez levantamento estatístico dos dados do posto meteorológico da Esalq. “Trabalhei com estes dados para determinar a probabilidade de menor ocorrência de chuva em cada mês”, conta.
Posterior às análises, Novello concluiu que a captação de água e seu uso no campus era possível. “Durante o período estudado utilizei 38% dos prédios da Esalq somados com 100% dos prédios do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena). No total, a área analisada captaria 40% do consumo de água da Esalq referente ao período de outubro a março”, afirma. O especialista diz ainda que, no caso do Cena, por serem edificações mais próximas e maiores, no período chuvoso a água armazenada lá corresponderia a 90% do consumo de água não potável total da instituição.
No trabalho também foi sugerido que as próximas edificações da Esalq sejam construídas pensando na coleta de água de chuva. “A Esalq gera conhecimento e difunde. Esta ação em relação à água de chuva seria um exemplo a ser seguido por outras instituições assim como pela população”. Em contrapartida, para uso residencial, Novello faz a ressalva de que o aproveitamento só é viável em residências se houver demanda por água não potável, a não ser que seja feito um tratamento na água para consumo em outras finalidades. “Aqui na Esalq, essa demanda já existe, e os benefícios ambientais e financeiros também foram comprovados por meio da pesquisa”, conclui.
Texto: Lucas Jacinto Estagiário de Jornalismo
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