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USP ESALQ – A SSESSORIA DE C OMUNICAÇÃO

Veículo: De Olho no Campo Data: 06/05/2014

Link : http://www.deolhonocampo.com.br/2014/05/irrigacao-esalq-pesquisas- biossistemas-agua.html Assunto: Em tempos de seca

Em tempos de seca

É preciso racionar água – essa é a afirmação do professor e meteorologista agrícola Fabio Marin, do Departamento de Engenharia de Biossistemas (LEB), da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (USP/ESALQ). Marin foi quem comunicou a imprensa da região de Piracicaba que o último janeiro, de acordo com o posto meteorológico da ESALQ, foi o mais quente desde 1917, ano em que os dados meteorológicos passaram a ser registrados no campus.

Marin afirma que o ano de1964 teve uma seca semelhante a atual. Os dados do posto meteorológico da ESALQ, além da temperatura, registraram a média de chuva em janeiro. “A média histórica é de 230 mm, mas em 2014 este índice ficou em apenas 83 mm”.

Segundo Marin, em dezembro de 2013 choveu 50% do esperado, em janeiro choveu 33%, em fevereiro 29% e em março 75%. “O que perdemos de água em janeiro, só recuperaremos no próximo verão. Essa é a principal época para as chuvas, e elas não vieram. Temos quatro meses de chuva abaixo da média. Isso não é um evento comum, é um evento extremo”.

Estiagem e a agricultura

Segundo o professor Tarlei Arriel Botrel, também do LEB, 70% da água consumida no mundo é utilizada para fins agrícolas. “No campo, a maior parte da água é consumida pela irrigação”. Para ele, a irrigação é um mal necessário. “Ela é a grande vilã do consumo de água, mas precisamos produzir alimentos e não temos escolha”.

O professor afirma que a alternativa para esse problema é otimizar o uso da água, e que para isso, vários fatores devem ser observados pelo produtor. “Muito dessa água utilizada no campo é perdida, existem várias formas de desperdiçá-la. Todas as plantas de uma mesma cultura precisam de igual quantidade de água, mas quando ocorre displicência no momento da irrigação, alguns lugares do plantio recebem mais água do que outros”. Para o professor, uma irrigação mal feita representa quebra na produção por déficit de água.

Em contrapartida, Botrel afirma que existem soluções para uma produção sustentável em momentos de estiagem. “Muito tem sido pensado em relação a isso. A irrigação já utiliza, por exemplo, água não potável, de qualidade inferior. Mas estão sendo realizadas pesquisas para avaliar a possibilidade de reuso de água de esgoto tratada também”, comenta.

Outra solução, ainda segundo o professor, seria a irrigação de precisão, um dos focos de estudo de sua carreira. “A ciência supõe que todas as plantas são homogêneas. Que todas elas devem ser adubadas de forma igual, que elas têm de receber os tratos culturais na mesma intensidade. Mas na realidade existem plantas de tamanhos diferentes e que se desenvolvem de maneiras diferentes em cada área de um mesmo terreno”, aponta.

Para o docente, quando identificamos cada área de um terreno por meio da amostragem de solo, torna-se possível determinar a quantidade de insumos que a planta precisará e a quantidade de água também. “Se damos a planta a quantidade ideal para seu desenvolvimento, ocorre a economia de água”. Para facilitar o manejo da água na irrigação de precisão, Botrel aponta que é possível trabalhar com subáreas divididas por manchas de solo em um mesmo terreno, onde cada mancha recebe uma quantidade pré-estabelecida de água.

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