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« Previous Page Table of Contents Next Page »água da ESALQ referente ao período de outubro a março”, afirma. O especialista diz ainda que, no caso do CENA, por serem edificações mais próximas e maiores, no período chuvoso a água armazenada lá corresponderia a 90% do consumo de água não potável total da instituição.
No trabalho também foi sugerido que as próximas edificações da ESALQ sejam construídas pensando na coleta de água de chuva. “A ESALQ gera conhecimento e difunde. Esta ação em relação a água de chuva seria um exemplo a ser seguido por outras instituições assim como pela população”. Em contrapartida, para uso residencial, Novello faz a ressalva de que o aproveitamento só é viável em residências se houver demanda por água não potável, a não ser que seja feito um tratamento na água para consumo em outras finalidades. “Aqui na ESALQ, essa demanda já existe, e os benefícios ambientais e financeiros também foram comprovados por meio da pesquisa”, conclui.
Analisando riscos
Orientada pelo professor Fabio Marin, Helena Maria Soares Pinto está desenvolvendo, em sua dissertação no Programa de Pós-graduação em Engenharia de Sistemas Agrícolas, uma pesquisa sobre os riscos da produção de cana-de-açúcar no estado de São Paulo no futuro, baseando-se em variações climáticas. “O foco da pesquisa é identificar o risco da produção no futuro, comparando modelos de projeção para garantir mais clareza nos resultados”, explica.
Helena conta que para simular a produção de cana-de-açúcar no período entre 2040 e 2070, precisou levantar uma série de informações. “É uma simulação por meio de softwares que são alimentados por banco de dados sobre clima, solo e genética do cultivo. Todas essas informações são do período de 1980 a 2010, e funcionam como parâmetro para o futuro”. Segundo a pesquisadora, os dados climáticos necessários são sobre a chuva, precipitação máxima e mínima e radiação. “Esse é um dos principais entraves da minha dissertação porque dados climáticos de séries longas são complicados de serem encontrados. No estado de São Paulo, apenas 10 municípios possuem dados climáticos de qualidade”.
Segundo a mestranda, foram utilizados dois simuladores – o DSSAT, desenvolvido na África do Sul e o APSIN, desenvolvido na Austrália. Helena conta que cada software apresenta uma variação nas projeções em relação aos dados climáticos fornecidos como parâmetro. “Trabalhar com projeções climáticas em um curto período já é algo complicado. Em relação a um longo período existem muitas variações e, quando trabalhamos com mais de um simulador, é possível obter mais certeza sobre os resultados”. Entre os resultados fornecidos pelos simuladores estão a produtividade, a massa seca e biomassa da cana-de-açúcar.
Até o presente momento, o estudo aponta um futuro parcialmente positivo para a cana-de-açúcar. “Os próximos 30 anos serão de produtividade para a cana-de-açúcar por conta do aumento de gás carbônico na região, que é um importante insumo para o cultivo. Em contra partida, as condições climáticas gerais apontadas revelaram até agora um aumento na temperatura média de 1,8º a 3,6º, o que indica déficit hídrico, por aumento da temperatura e diminuição da chuva”, conclui.
Fonte: Lucas Jacinto/Assessoria de Comunicação da ESALQ
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