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« Previous Page Table of Contents Next Page »desenvolvimento dos setores de base florestal: celulose, de siderurgia, de energia, de movelaria e de painéis.
A dúvida do Governo de SP recai sobre o modelo de gestão adotado na EECF-Itatinga, em que parte da área é manejada em concessão sob um rigoroso controle da Universidade para garantir que o manejo florestal adotado seja utilizado para fins didáticos (aulas práticas), permitindo a realização de pesquisas aplicadas, conservação dos recursos naturais já citados, além de servir de zona tampão para os experimentos de longo prazo instalados. O modelo adotado permite também uma desejável e inédita autonomia financeira da unidade, que não onera o orçamento universitário, atualmente em dificuldades.
Nesse sentido, em maio de 2014 a Universidade de São Paulo foi surpreendida pelo ofício 173/2014 da Secretaria de Planejamento do Desenvolvimento Regional de SP, solicitando informações sobre o uso da área da EECF-Itatinga, as quais foram enviadas e atestadas por farta documentação.
Em seguida, a Secretaria solicitou informações adicionais sobre as atividades de pesquisa realizadas na Estação, especificamente em parte da área, na época sob regime de concessão a uma empresa do ramo florestal. Um novo relatório enviado mostrou a intensa atividade de pesquisa com inúmeras teses, dissertações e artigos científicos, além de pesquisa em andamento na referida área.
Desde o início do processo, a Universidade de São Paulo tenta demonstrar ao Governo a importância da área para suas atividades e os prejuízos que poderiam ser causados por uma eventual desapropriação.
Imagem de satélite mostra a área da reserva que corre risco de desapropriação (Divulgação)
Autonomia. De certa forma, a autonomia universitária tem sido colocada em xeque, já que a Universidade foi questionada sobre a forma de sua atuação em uma área de sua propriedade, sob risco que ela seja tomada pelo Governo do Estado. No entanto, a ampla documentação técnica apresentada parece não ter sido suficiente, já que nesta semana a área foi vistoriada por técnicos do Governo, que sinalizaram para a eventualidade de um processo de desapropriação.
Enquanto uma dúvida isolada persiste no Governo, uma floresta de dúvidas está sendo plantada na comunidade universitária. De fato, não parece ser razoável o entendimento de que um espaço associado a um modelo inovador de gestão ambiental venha a ser substituído por investimentos em infraestrutura já preliminarmente anunciados pela comunidade política da região que engloba o município de Itatinga. Prática eleitoreira antiga em tempos modernos? Esperemos que não. Torçamos, sim, para que modelos inovadores de gestão sejam devidamente reconhecidos.
Guarita da reserva Itatinga: área e 1.200 ha (cerca de 1.500 campos de futebol) e representa – em extensão – 30% da ESALQ
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