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Os rebanhos foram divididos em dois grupos. O primeiro com 34 rebanhos, incluía apenas propriedades onde era possível identificar no gado leiteiro baixas Contagens de Células Somáticas (CCS) – menos que 200 mil células por ml de leite; no segundo, com os 34 rebanhos restantes, o gado produzia leite com alto índice de CCS – mais do que 700 mil células por ml de leite, o que diagnostica a mastite. “Foram avaliadas as características gerais dos rebanhos, como número de animais em lactação, produção diária do rebanho, raça, entre outros fatores. Porém, o foco da pesquisa foi o ser humano inserido nestes ambientes. Neste caso, avaliamos o pecuarista e o empregado, mais especificamente, o ordenhador”, explica.

Foi aplicado um questionário com 180 questões. “Com ele, pudemos avaliar o dono da propriedade e o empregado abordando assuntos como: atitude, autoconfiança, nível de pressão social, habilidades e conhecimentos técnicos, dificuldades gerenciais e o comportamento do produtor frente à mastite. Da mesma forma, foi avaliada a situação dos equipamentos disponíveis para o ordenhador, seu nível de competência, motivação, satisfação de suas necessidades e sua postura ante a mastite.”

O homem como fator de maior influência No caso do ordenhador, Esguerra aponta que os resultados foram semelhantes. Os empregados nas propriedades de baixa CCS também demonstraram ações que remetem à postura de seus empregadores, favoráveis ao controle da doença. “Estes ordenhadores aplicam corretamente o desinfetante pós-ordenha e com maior frequência do que os ordenhadores de rebanhos com alta CCS, entre outras ações”.

Mas o pesquisador ressalta que este comportamento depende das ferramentas e equipamentos adequados e de uma atitude positiva do ordenhador frente ao trabalho. “Portanto, se o produtor apresenta a atitude correta, o funcionário da fazenda vai apresentar comportamentos favoráveis para o controle da mastite”, afirma. “Se além de não descartar vacas doentes ele não faz a manutenção adequada do equipamento de ordenha, o risco da infecção na glândula mamária do animal aumentará.”

Esguerra resume a conclusão do trabalho em relação à interferência do homem e as relações administrativas de uma fazenda pecuarista: “Se o meu chefe não se preocupa com a produção de leite, por que eu me preocuparia?”, e aponta que “não importa quantas máquinas existam na fazenda, se o produtor ou o ordenhador não apresentam a atitude e comportamento corretos tanto em relação aos animais quanto aos equipamentos, as situações de risco da mastite estarão sempre presentes”, comenta.

Prevenção

Segundo o professor Paulo Fernando Machado, não há como erradicar a doença, mas é possível controlá-la. “Para isso, dispomos de metodologia capaz de atingir este resultado. O Método de Análise e Solução de Problemas de Mastite (MASP Mastite), desenvolvido na Clínica do Leite da Esalq, é composto por procedimentos operacionais, ferramentas e capacitações de técnicos para identificar a doença, bem como suas principais causas nos confinamentos de gado leiteiro”, afirma o professor.

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