Page 27 - 13-a-19

This is a SEO version of 13-a-19. Click here to view full version

« Previous Page Table of Contents Next Page »

regiões de maior incremento de produção advindo de aspectos institucionais, tais como a colaboração de muitas usinas com a pesquisa agronômica a partir dos anos 1940, e a atuação dessa última na produção, síntese e introdução de novas variedades.

“No entanto, o rendimento tornou-se mais influente em regiões de ocupação mais antiga tais como São José do Rio Preto, Campinas, Ribeirão Preto, e passou a fomentar a ocupação em regiões com aptidão média e baixa (em sua maioria) à cultura canavieira, no oeste do Estado (Araçatuba, Presidente Prudente, Bauru, Marília)”.

De acordo com a pesquisa, esse comportamento intensificou-se a partir dos anos 1970, sendo as mesorregiões mais tradicionais influenciadas pelo Proálcool e as demais citadas pelo PRO-OESTE. “De 1980 em diante, salvo algumas exceções em algumas décadas, todas as mesorregiões passaram a se caracterizar como extensivas a atividade canavieira, expulsando boa parte das culturas anteriormente estabelecidas, sendo barradas apenas pelas pastagens e poucos produtos da agropecuária que também se configuram como monoculturas”.

Ao analisar as contribuições por área e rendimento no período 1950-2010, o estudo apresenta um quadro de relativo equilíbrio entre os responsáveis pelo crescimento canavieiro. Este último aspecto sugere que ao desprezarem-se as variações nas décadas, o papel da experimentação teve papel equivalente ao da incorporação de novas áreas. “Assim, além de proporcionar ganhos de produtividade nas regiões mais antigas do Estado, pressupõe-se que a experimentação permitiu a melhor adaptação em mesorregiões que foram se destacando ao longo do tempo e sua consequente consolidação. Portanto, o crescimento do setor ocorre a partir da expansão de terras, além dos fatores edafoclimáticos e da própria composição do ambiente institucional.”

Finalmente, Pissinato lembra da importância de estudos como este pois a ocupação das terras paulistas pela cana-de-açúcar afetou as culturas alimentares. “É necessária a correta definição das produtividades em questão, tanto da cana-de-açúcar e dos outros cultivares para manutenção de níveis seguros de abastecimento e de preços, e ótimo conciliador que se evidencie no tempo, a partir dos rendimentos agrícolas, meio ambiente e sociedade”.

Imagem: Gerhard Waller (Esalq/Acom)

Page 27 - 13-a-19

This is a SEO version of 13-a-19. Click here to view full version

« Previous Page Table of Contents Next Page »