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USP ESALQ – A SSESSORIA DE C OMUNICAÇÃO Veículo: G1 SP - Piracicaba Data: 23/01/2015

Caderno/Link: http://g1.globo.com/sp/piracicaba-regiao/noticia/2015/01/suposto-estupro-de-caloura-da-esalq-deve-ser-investigado-diz-reitor-da-usp-piracicaba.html

Assunto: Suposto estupro de caloura da ESALQ deve ser investigado, diz reitor da USP

Suposto estupro de caloura da Esalq deve ser investigado, diz reitor da USP

O suposto estupro sofrido há 12 anos por uma caloura da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), campus da Universidade de São Paulo (USP) em Piracicaba (SP), deve ter a investigação retomada, de acordo com o reitor da instituição, Marco Antonio Zago. A afirmação foi feita na quarta-feira (21) quando ele pediu a reabertura de sindicâncias sobre denúncias de abusos nos campi da USP na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), que apura casos de trotes violentos em universidades paulistas.

Conforme o depoimento sigiloso da mãe da ex-estudante à CPI, a jovem foi embrigada durante uma festa de calouros e veteranos em uma república de estudantes em Piracicaba. Uma vez desacordada, a jovem teria sido estuprada por oito alunos da Esalq, que ainda registraram a ação em vídeo e divulgaram na internet, segundo a mãe da vítima. Na época a diretoria da Esalq não abriu investigação.

O prefeito do campus da época, Marcos Vinícius Folegatti, afirmou à CPI que nunca foi aberta uma sindicância porque não houve denúncia formal de estupro por parte da jovem e da família. "Quando fomos atrás disso, já não havia mais informações", afirmou o professor que revelou ainda que, na época, a jovem e os pais dela foram chamados a uma conversa em que estavam presentes o diretor e o procurador jurídico da Esalq. O deputado presidente da comissão parlamentar, Adriano Diogo (PT), considerou o fato de o caso nunca ter sido investigado como "uma vergonha".

O reitor da USP pediu a reabertura de todas as sindicâncias em que há indícios fortes de violação dos direitos humanos na universidade e que não resultaram ainda em punições.

Sobre o caso da estudante que teria sido estuprada em Piracicaba, Zago disse que "agora a denúncia está posta" e que quem irá dizer se é possível investigar é a procuradoria jurídica da USP.

Envenenamento e tortura

O ritual de entrada para os alunos da Esalq conta com abusos, agressões que resultaram em fraturas e comida estragada. Desde dezembro, estudantes estão sendo chamados para depor em uma CPI na Assembleia Legislativa de São Paulo, que apura a violação dos direitos humanos em trotes de universidades paulistas.

Uma aluna da Esalq que prestou depoimento em sigilo disse que quase foi abusada sexualmente em um dos trotes e que já ouviu muitos casos semelhantes ao dela na universidade. "Eu escapei por pouco, mas sei que eles dopam as pessoas e abusam sexualmente delas em repúblicas. Eu também já vi muita gente ser agredida e quebrar braços e pernas", disse.

Além disso, há denúncias de casos de envenenamento, como relatou o estudante Felipe José Yarid. À CPI, ele disse que veteranos jogaram um liquido agrícola em seu corpo. A substância tirou os movimentos e degradou a pele do rapaz.

Ele não conseguiu ir à faculdade por conta do efeito do veneno e trancou a matrícula durante um ano. "O exame toxicológico apontou veneno no meu corpo. Eu não tinha movimento nenhum, não conseguia me mexer. Fui prejudicado, não consegui fazer provas, não conseguia ir às aulas. Além disso eu ainda fui suspenso por uma semana depois que eu tentei denunciar o caso para a diretoria da universidade", disse Yarid em depoimento.

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