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USP ESALQ – A
SSESSORIA DE
C
OMUNICAÇÃO
Veículo: Agência USP de Notícias
Data: 05/08/2015
Caderno/Link:
Assunto: Modelo avalia biomassa de cana para geração de energia
Modelo avalia biomassa de cana para geração de energia
Por
-
Na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da USP, em Piracicaba, um estudo
teve como objetivo identificar e quantificar o potencial de biomassas de cana-de-açucar (bagaço
e palha) para geração de energia e produção de etanol celulósico.
A pesquisadora responsável pela dissertação de mestrado, Natália de Campos Trombeta, relata
em seu estudo que, nacionalmente, a matriz energética vincula-se majoritariamente à fonte
hídrica fazendo com que, em períodos de escassez pluvial, a segurança energética seja
comprometida. Nesse contexto, conta a pesquisadora, que a energia termelétrica, em especial, a
produzida por meio de biomassa de cana-de-açúcar, mostra-se como uma alternativa sustentável
ao abastecimento e segurança energética do País. “O setor sucroenergético vem se destacando
não somente como o fornecedor do biocombustível com maior balanço energético, mas também
pelos produtos secundários gerados a partir dos produtos obtidos após a colheita e o
processamento da cana-de-açúcar no processamento da cana-de-açúcar”, afirma Natália.
Dessa forma, a pesquisadora realizou um mapeamento das unidades produtoras de cana-de-
açúcar da região Centro-Sul, utilizando-se de um levantamento de dados para a safra 2013/2014
com 77 usinas para o desenvolvimento de indicadores agronômicos (quantificação da oferta de
bagaço e palha de cana-de-açúcar), tecnológicos (potencial de cogeração do setor) e
mercadológicos (preços de energia elétrica, participação nos diferentes ambientes de
comercialização).
A partir dessas informações foi proposto um modelo matemático de alocação ótima de oferta de
biomassa das mesorregiões produtoras da região Centro-Sul, com a finalidade de promover a
maximização do lucro do setor canavieiro. “O estudo contribuiu com a divulgação de uma série de
indicadores agronômicos, tecnológicos/industriais e mercadológicos que possibilitaram o
dimensionamento e compreensão da condição tecnológica do setor sucroenergético e potencial
de participação na geração de energia elétrica e contribuição para a segurança energética
nacional”, ressalta a pesquisadora.
De acordo com Natália, o modelo também foi sugerido para identificar as mesorregiões com
maior potencial de fornecimento de biomassa de cana-de-açúcar para produção de energia e as
mesorregiões com maior potencial de investimento em ampliação do parque cogerador. “Outro
resultado importante foi a identificação da alocação ótima de biomassas de cana entre as
principais regiões produtoras do país, bem como os locais de maior viabilidade de expansão da
capacidade instalada de geração, ampliando o aporte de energia elétrica à base de biomassa de
cana no sistema interligado nacional”, comenta.
Outros dois fatores integraram a proposta do modelo – entender o “mix” ótimo de escolha na
utilização de biomassas de cana-de-açúcar nas mesorregiões estudadas e, finalmente, interpretar
esses resultados do ponto de vista econômico, sob diferentes cenários setoriais. “Nesse caso,
simulou-se um cenário com parâmetros vinculados à produção de etanol celulósico e os
resultados evidenciaram que essa tecnologia, desde que competitiva, pode ser incorporada ao
setor e coexistir com oferta de energia elétrica adicional a matriz energética do país”, avalia a
pesquisadora.
Resultados finais
Os dados levantados pelo desenvolvimento dessa pesquisa operacional aplicada proporcionaram
a geração de resultados coerentes e norteados à melhor assertividade do planejamento
estratégico da alocação de biomassa no setor para fins energéticos (eletricidade e etanol). Esses
efeitos foram divulgados de forma média para o Brasil e mesorregiões localizadas na região
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