Centro-Sul. De modo geral, os indicadores agronômicos para uma usina média do Brasil
apresentam moagem média de 3 milhões de toneladas de cana, 8% de impureza vegetal e 88%
de colheita mecanizada. Tais indicadores proporcionam uma oferta de bagaço e palha ao sistema
de, aproximadamente, 1 milhão de toneladas de biomassa.
Os indicadores tecnológicos no Brasil evidenciaram que 39% das caldeiras amostradas
apresentaram tecnologia de baixa pressão de vapor (21 bar), 22% (até 48 bar), 5% (até 65 bar) e
34% (acima de 65 bar). Os turbogeradores amostrados foram de 69% contrapressão simples,
14% com extração e 17% condensação.
Nos indicadores mercadológicos verificou-se que, para as usinas que exportaram energia, na
safra 2013/2014, a participação de 53% no mercado livre a preços médios de R$ 230,00/MWh e
47% no mercado regulado com precificação de R$ 191,00/MWh. Relativamente aos resultados
verificados na modelagem proposta, foi possível avaliar a alocação ótima de biomassa nas
mesorregiões e potencial de exportação de energia, etanol celulósico e investimentos de
expansão.
“A partir de tais resultados possibilita-se o direcionamento mais assertivo do planejamento
estratégico, de investimentos e de políticas públicas para o aumento da sustentabilidade do setor
canavieiro”, conclui a pesquisadora.
Destaca-se que esse estudo, desenvolvido no programa de pós-graduação em Economia
Aplicada da ESALQ, sob orientação do professor José Vicente Caixeta Filho, foi realizado em
parceria com o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), ao longo de 2014, visando ao
desenvolvimento de pesquisa de cunho aplicado e a aproximação das ofertas da Universidade às
demandas da iniciativa privada. Essa parceria faz parte de mais uma das ações vinculadas ao
Protocolo de Intenções firmado entre a ESALQ e o CTC em 2012, com a finalidade de promover
o incremento e a melhoria contínua do setor sucroenergético nacional.
Mais informações: (19) 3429.4485/4109/4477 e 3447.8613; e-ma