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No Brasil, o caminho para se chegar ao tomate roxo foi o do cruzamento convencional , com a associação do conhecimento de fisiologia ao uso de espécies selvagens . “Mesmo essas espécies não são tão roxas na natureza. Por isso, surgiu a ideia de juntarmos linhagens selvagens relacionadas à síntese de antocianina a mutações que afetam a resposta do vegetal à luz “, conta o estudioso da Esalq. Assim, para se chegar à variedade, foram utilizados progenitores oriundos das Ilhas Galápagos e do Chile e de uma mutação que surgiu naturalmente no tomateiro. Essa mutação “engana” a planta e faz com que ela pense que há muita luz, potencializando a cor roxa no fruto e conferindo uma vantagem a mais: a produção de mais vitamina C , outro antioxidante , que ajuda a proteger o organismo humano da ação danosa dos radicais livres .

De fato, o grande chamariz do novo tomate é a possibilidade de aliar seu consumo à prevenção de doenças, o que o classificaria como um alimento funcional. “Há estudos que indicam que o progressivo consumo de antioxidantes reduz o risco de doenças cardiovasculares e o câncer”, diz Peres. Como esses compostos manifestam suas propriedades se ingeridos em doses diárias, é preciso que sejam oferecidos em alimentos consumidos cotidianamente, como o tomate.

Tomate ainda verde, ao lado do já maduro: expectativa é que preço chegue aos R$20 por quilo

A pesquisa brasileira começou a ser feita em um microtomateiro , uma cultivar menor e de ciclo rápido (70 dias, frente aos mais de 100 dias de um exemplar comum da hortaliça), o que permite agilizar os cruzamentos. O que se obtém nesse modelo de pequenas proporções pode ser reproduzido integralmente numa planta de porte convencional. Em relação às características agronômicas, já há algumas conclusões, entre elas a certeza de que a produtividade deve ser menor - o que deve ser compensado

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