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Jairo Balbo comenta sobre outros exemplos adotados em favor da sustentabilidade nas usinas. A vinhaça é usada na fertirrigação das lavouras – no passado, o setor canavieiro costumava lançá-la como efluente nos rios, o que poluiu águas e atingiu o lençol freático em algumas regiões – e a água utilizada para lavar pisos, equipamentos, etc. é proveniente de reúso. Segundo André Elias Neto, pesquisador do CTC, esse reaproveitamento é feito em quase todo o segmento e representa um avanço e tanto se comparado os atuais um a dois metros cúbicos de água gastos, por tonelada, de cana processada com os 20 metros cúbicos de 40 anos atrás. Ele destaca, ainda, o uso de outro importante resíduo nos plantios de cana-de-açúcar: a torta de filtro, rica em cálcio e fósforo, tornou-se um importante recurso para a adubação junto com a foligem obtida por meio da lavagem das caldeiras.

Apesar de Jairo Balbo estar ligado à produção industrial das usinas, ele não perde o encanto pela agricultura – afinal, é engenheiro agrônomo de formação. Ele esteve ao lado da decisão do grupo quando o a empresa quis dimensionar o tamanho da biodiversidade dos canaviais. Um programa feito com a

Embrapa Monitoramento por Satélite , em Campinas (SP), implantou o rastreamento da fauna nas usinas. Os satélites radiografaram os animais que adotaram as lavouras de cana-de-açúcar como moradia fixa ou temporária. Os resultados apontaram a presença de 340 espécies (entre anfíbios, répteis e mamíferos) e cerca de 70% delas são raras, como o tamanduá-bandeira, o mão-pelada e o veado-catingueiro. A vida delas é assegurada por conta dos corredores ecológicos (áreas que unem os remanescentes florestais), da preservação de rios e nascentes e do plantio de 1,2 milhão de mudas de árvores. Para ele, é a comprovação derradeira de que a natureza pode triunfar em plena área agrícola.

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