Aluna da Esalq é selecionada para apresentar trabalho na Ohio State university

Júlia Boscariol Rasera (Crédito: Gerhard Waller - ESALQ/DvComun)

A acadêmica recém-formada em Engenharia Agronômica, Julia Boscariol Rasera, 22, passou pela graduação da Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz” (Esalq/USP), absorvendo todo tipo de ensinamento que poderia receber e participando de congressos e simpósios em cinco anos de estudos.  Durante esse período, participou de três Simpósios de Iniciação Científica (SIICUSP) e, hoje, acaba de ser contemplada pelo seu envolvimento na realização de pesquisa, durante a 26ª edição do evento científico. 

Os alunos da USP selecionados, por meio do desempenho de cada um, seguirão para Ohio State University ou para Rutgers University, a fim de apresentarem seus trabalhos de pesquisa. Júlia, no caso, se mobilizirá, no próximo mês de março, para Ohio, onde apresentará a pesquisa “A colonização por ferrugem em tecido foliar de Vitis labrusca L.: Uma abordagem histopatológica”.

O estudo desenvolvido pela engenheira agrônoma envolveu a ferrugem da uva, doença importante em todo o Brasil, e poucas pesquisas foram realizadas a respeito do tema. “Poucos estudos foram feitos sobre esse fungo e o meu trabalho foi entender como ele funciona dentro da planta e, também, entender como a planta reage diante da presença do fungo dentro dela, para então analisar quais são as alterações que acontecem em todo o organismo da planta”.

Júlia afirma que a planta é bastante suscetível, pois não apresenta muita defesa. Ao mesmo tempo foi observado que a uva apresenta alguns mecanismos que são muito parecidos com doenças de outras plantas, o que demonstra que, o que a uva apresenta não é o suficiente para ser considerada uma planta resistente. “A presença do fungo na uva acelera o processo de morte da folha da planta, tornando-se um dos maiores problemas dessa doença.  Como a uva é uma planta que fica no campo por vários anos, o fato de perder as folhas no parreiral antes de uma nova safra, faz com que não se tenha reserva suficiente para se ter uma boa produção no ano seguinte prejudicando, assim, vários anos de produção”.

A pesquisadora iniciou agora o mestrado em Fitopatologia e Bioquímica de Plantas, sob orientação da mesma docente que a acompanhou durante esses anos no SIICUSP, profa. Beatriz Appezzato da Glória, e não esperava esse resultado do SIICUSP. “Fiquei muito contente com o resultado porque esta foi a terceira vez que eu participei do Simpósio e já faz uns quatro anos que trabalho com isso. Vou continuar trabalhando mais ainda nesse projeto com a ferrugem da uva e diferentes condições climáticas, no Laboratório de Anatomia Vegetal”, finalizou a pesquisadora.

Alicia Nascimento Aguiar | MTb 32531 | 30.01.2019

Boletim 258