Esalq realizou Casa Aberta na Estação de Anhembi

Docentes e funcionários na Estação Experimental de Ciências Florestais - Anhembi (crédito: Gerhard Waller)

Sob a administração do Departamento de Ciências Florestais da Esalq, a Estação Experimental de Ciências Florestais - Anhembi (EECFA), foi doada em 1974 pelas Centrais Elétricas do Estado de São Paulo (CESP) à Universidade de São Paulo. Desde então, passou a realizar pesquisas voltadas para a introdução, a conservação e o melhoramento genético de espécies florestais exóticas e nativas, constituindo-se em um importante banco de germoplasma para o setor florestal mundial.

Para dar visibilidade às atividades desenvolvidas em Anhembi, a Esalq realizou, em 13 de novembro, a 2ª edição do Casa Aberta. Na ocasião, docentes, funcionários e estudantes visitaram a EECFA e realizaram um tour por alguns dos experimentos conduzidos ali.

Para o diretor da Esalq, professor Luiz Gustavo Nussio, essa é uma oportunidade para integrar representantes de vários departamentos em torno de áreas de pesquisa em comum. “A Casa Aberta é uma ocasião que possibilita ações futuras para otimizar esse recurso. As estações experimentais representam um investimento de recurso e nossa intenção é que nossa comunidade utilize ainda mais esse espaço em trabalhos realizados de forma integrada”.

Nussio comentou ainda sobre importância das áreas experimentais para a formação de recursos humanos. “As estações complementam a formação dos nossos estudantes pois aqui são realizados estudos que não conseguiríamos realizar no campus em Piracicaba. Além disso as estações como essa de Anhembi são referências regionais, a partir da realização de dias de campo, treinamento técnicos entre outras ações de extensão”.

O evento também contou com homenagens aos idealizadores que impulsionaram o desenvolvimento e a implementação da Estação Experimental de Anhembi – professores João Walter Simões (in memoriam) e Mário Ferreira e ao servidor aposentado Carlos Eduardo Costa Maria. Aos homenageados foram entregues Moções de Reconhecimento pelos serviços prestados ao desenvolvimento do setor florestal.

“Agradeço a homenagem prestada pela diretoria e hoje posso dizer que as estações experimentais não são mais um sonho de um departamento, mas sim uma realidade da Universidade de São Paulo”, declarou Mario Ferreira, que esteve entre os pioneiros na condução de experimentos na estação de Anhembi. O docente lecionou na Esalq entre 1964 e 1966.

Em campo – Após a sessão de homenagens, realizada no Centro de Vivência da Estação, o grupo pode contemplar uma amostra da área de produção e conhecer um pouco dos projetos coordenados por docentes e técnicos do Departamento de Ciências Florestais da Esalq.

Hilton Tadeu Zarate Couto, Chefe do Departamento de Ciências Florestais, frisou algumas das contribuições desses projetos conduzidos em Anhembi. “Aqui temos mais de duzentos experimentos que auxiliam na conservação genética de eucaliptos que auxiliam a cadeia produtiva nacional. Esses experimentos produzem sementes adaptadas para todos os cenários climáticos e de solos desde o Rio Grande do Sul ao Pará. Esse material contribuiu para que o Brasil atingisse hoje um dos patamares de maior excelência de madeira no mundo. Portanto a responsabilidade de conservação desse material é muito grande”.

Texto: Caio Albuquerque (14/11/2017)

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Homenageado, Mario Ferreira falou sobre o banco de sementes (crédito: Gerhard Waller)
Ciro Abbud Righi apresentou aplicação de sistema agroflorestal (crédito: Gerhard Waller)