Departamento de Ciência do Solo recebe delegação da Dinamarca

Representantes da ESALQ e das instituições da Dinamarca reuniram-se no Departamento de Ciência do Solo (crédito: Gerhard Waller)

Uma aproximação entre a Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (USP/ESALQ) e instituições de ensino e pesquisa da Dinamarca, pode resultar na oferta de uma alternativa de fertilizantes naturais para a agricultura orgânica brasileira.

O envolvimento ocorre a partir do trabalho de docentes e pesquisadores do Departamento de Ciência do Solo, que atuam nas áreas de Mineralogia, Geologia, Fertilidade do Solo e Adubação, que recebem até o final dessa semana, representantes da University of Copenhagen e do Natural History Museum of Denmark.

A parceria ocorreu a partir de uma demanda dos dinamarqueses, que procuraram a ESALQ afim de estabelecer uma parceria na realização de estudos de avaliação do uso de resíduos provenientes de rochas da Groenlândia em condições tropicais.

“Com o encontro dessa semana, estamos fechando um Memorando que prevê, além da avaliação desses produtos, a troca de conhecimento e intercâmbio de estudantes. Temos aqui hoje estudantes de pós-graduação, pois é importante estabelecermos canais de intercâmbio internacional que valorize e troca de conhecimento científico”, aponta Paulo Sergio Pavinato, docente da ESALQ.

O engenheiro agrônomo Rafael Cipriano realiza seu pós doc no Departamento de Ciência do Solo com supervisão do professor Antonio Carlos Azevedo. Seu projeto já ocorre no âmbito dessa parceria.

Já estão em andamento dois experimentos, um de curta duração, no qual avaliamos a ação desse remineralizador em pastagens com cultivo de braquiária. Até o momento o resultado é positivo, pois a aplicação de grandes doses promoveu um pequeno incremento no PH do solo, o que é favorável para o caso brasileiro”, explica Cipriano.

Os dinamarqueses retornam ao seu país no final da semana, mas até lá visitam, em companhia dos docentes da ESALQ, propriedades rurais na região que já viabilizam a agricultura orgânica.

“Essa técnica até pode ser aplicada na agricultura convencional, mas como a liberação de nutrientes é lenta, nosso foco principal é a agricultura orgânica, que antes de projetar uma produção em larga escala, valoriza um modelo ecologicamente sustentável”, define Pavinato.

Foram recepcionados pelos professores da ESALQ os dinamarqueses Minik Thorleif Rosing (Natural History Museum of Denmark), Andreas de Neergaard (University of Copenhagen, Faculty of Science, Department of Plant and Environmental Sciences), Klara Cecilia Gunnarsen (University of Copenhagen), Rebekka Johanne Knudsen (Natural History Museum of Denmark) e Nicholas Rose (Natural History Museum of Denmark).

Texto: Caio Albuquerque (12/06/2017)

Boletim 176